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Neno, o “guarda-redes cantor” de riso e trato fácil

Neno | JOÃO PAULO TRINDADE/LUSA
Neno | JOÃO PAULO TRINDADE/LUSA

Adelino Augusto Graça Barbosa Barros, nasceu a 27 de janeiro de 1962, na Cidade da Praia, em Cabo Verde e onde provavelmente ganhou a herança musical. No entanto, foi através do desporto rei que o mundo conheceu Neno, como carinhosamente era tratado.

Aos 12 anos de idade, Neno chega a Portugal, pouco depois do 25 de abril de 1974. A sua família foi morar para o Barreiro e, apesar da mudança de país, a sua grande paixão pelo futebol manteve-se. O pai nunca apoiou a sua paixão, pois sempre incentivou os filhos a estudarem, pelo que a conciliação escola-futebol obrigou Neno a aplicar-se, nunca reprovando.

O seu primeiro clube, aos 13 anos, foi o Santoantoniense, clube da zona do Barreiro. Ganhou a alcunha de “elástico” pela rapidez que demonstrava entre os postes. Rapidamente deu nas vistas, indo jogar para o Barreirense com 15 anos e chegando inclusivamente a representar a seleção distrital de Setúbal.

Depois de passar pelos restantes escalões de formação no Barreirense, foi como sénior, dividindo épocas fantásticas entre Vitória de Guimarães e Benfica, que se notabilizou e afirmou definitivamente: 3 vezes campeão nacional, 3 taças de Portugal e 1 Supertaça. Os bons desempenhos valeram-lhe 9 internacionalizações ao serviço da seleção A portuguesa, entre 1989 e 1996.

Após ter terminado a carreira enquanto futebolista, em 1998/1999, ao serviço do Vitória de Guimarães, este homem de riso fácil continuou ligado ao futebol como treinador de guarda-redes do clube entre 2005 e 2012.

Neno, de forma consensual considerado como uma pessoa bem disposta, simples e de trato fácil, foi convidado para acumular funções, em 2010, como diretor desportivo e, em 2015 assumiu o cargo de diretor de relações institucionais do Vitória, notabilizando-o, ainda mais, como uma figura icónica do clube e da cidade de Guimarães.

A nível musical, sempre gostou de cantar, desde tenra idade. A par do futebol, sempre foi uma das suas grandes paixões (que o digam os colegas de balneário e a família). Fã do cantor espanhol Julio Iglesias (também ele foi guarda-redes do Real Madrid) criou-se um laço afetivo entre ambos: sempre que Iglesias vinha a Portugal encontravam-se fomentando a sua amizade. Chegaram a partilhar o palco, num concerto na cidade da Maia e, inclusivamente, Julio Iglesias lançou um álbum em 1996 intitulado “Neno Neno Neno”.

No passado dia 10 de Junho, este one man show viria a falecer de morte súbita. Neno, a alegria em pessoa, tinha a frustração de nunca ter sido convocado para uma competição europeia. No dia seguinte ao seu falecimento, a seleção nacional portuguesa, na Hungria, prestes a estrear-se no Euro 2020, homenageou o “Julio Iglesias da baliza” antes do treino.

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