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Número de mortos em África pode chegar a 190 mil este ano – OMS

Agente sanitário regista a temperatura de um passageiro no âmbito da despistagem do coronavírus,no aeroporto internacional de Kotoka,em Accra, no Ghana.Janeiro de 2020. REUTERS/Francis Kokoroko
Agente sanitário regista a temperatura de um passageiro no âmbito da despistagem do coronavírus,no aeroporto internacional de Kotoka,em Accra, no Ghana.Janeiro de 2020. REUTERS/Francis Kokoroko

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou esta quinta-feira, 7, que a pandemia provocada pelo novo coronavírus pode matar 190 mil pessoas em África, entre os 44 milhões que podem ficar infetados se as medidas de contenção falharem.

Segundo um estudo do departamento africano da OMS, divulgado esta quinta-feira em Brazzaville, de “83 mil até 190 mil pessoas em África podem morrer de covid-19 e 29 a 44 milhões podem ficar infetadas no primeiro ano se as medidas de contenção falharem”, nos 47 países analisados. 

As estimativas são baseadas na modificação do risco de transmissão e na severidade da doença, levando em conta as variáveis específicas de cada país “para haver um ajuste à natureza particular da região”, acrescenta-se no comunicado.

A nota salientou como fatores a ter em conta na região “uma taxa mais lenta de transmissão, idade menor da população com doenças graves e uma taxa de mortalidade mais baixa que a observada na maioria dos países afetados no resto do mundo”.

Ainda assim, estas vantagens são atenuadas pela especificidade do continente: “A taxa mais baixa de transmissão, no entanto, sugere um surto mais prolongado durante alguns anos”, frisou a OMS.

“A covid-19 pode vir a ser natural nas nossas vidas durante os próximos anos se não for implementado uma abordagem proativa por muitos governos na região, precisamos de testar, investigar, isolar e tratar”, comentou a diretora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.

De acordo com os cálculos da OMS, o número de casos que precisaria de hospitalização iria assoberbar a capacidade médica da região, com 3,6 a 5,5 milhões de hospitalizações, das quais 82 a 167 mil seriam casos graves que precisariam de oxigénio, e 52 a 107 mil seriam casos críticos a precisar de ventiladores.

“Este enorme número de doentes nos hospitais estrangularia severamente a capacidade de saúde dos países”, alertou a responsável da OMS África, concluindo que “a importância de promover medidas eficazes de contenção é cada vez mais crucial, já que a transmissão sustentada e generalizada do vírus pode assoberbar gravemente a capacidade dos nossos sistemas de saúde”.

A estimativa da OMS é mais positiva que os cálculos da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), que em meados de abril estimou que a pandemia provocada pelo novo coronavírus poderia provocar a morte de mais de 300 mil africanos, enquanto 27 milhões poderão ser “empurrados para a pobreza extrema”.

No relatório “Covid-19: Protegendo as Vidas e as Economias Africanas”, a UNECA considerou que os frágeis sistemas de saúde africanos poderão ter custos adicionais impostos pela crescente pandemia de covid-19.

O número de mortos devido à covid-19 em África ultrapassou esta quinta-feira os dois mil, com mais de 51 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 1.959 para 2.012, enquanto as infeções aumentaram de 49.352 para 51.698.

O número total de doentes recuperados subiu de 16.315 para 17.590.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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