Nuno Maulide é professor catedrático na Universidade de Viena, desde 2013, e professor convidado do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa, em Oeiras, e foi distinguido no início desta semana como “Cientista do Ano”.
Anualmente, desde 1994, é atribuído o prémio de “Cientista do Ano” pelo Clube de Jornalistas de Ciência e Educação austríaco e, este ano, o químico orgânico Nuno Maulide foi o distinguido. Este prémio é atribuído aos investigadores que “têm dado contributos notáveis para a ciência e para a divulgação junto do grande público, contribuindo para o aumento da cultura científica dos cidadãos”, lê-se num comunicado sobre o prémio.
Eva Stanzl, presidente do Clube de Jornalistas de Ciência e Educação da Áustria afirmou que “Nuno Maulide é um cientista que se dedica de forma muito eficaz e empenhada na divulgação do seu trabalho”. O cientista foi escolhido por cerca de 150 membros desta associação.
“Foi uma surpresa e uma honra receber esta distinção, que para além do meu trabalho como cientista premeia a forma como tenho comunicado a investigação a que o meu grupo se tem dedicado aqui em Viena. A Química é um dos campos científicos menos presente nos media e será excelente que esta distinção permita falar mais sobre o tema. Há uma tendência para ver a Química como algo muito complexo, quando na verdade a minha experiência pessoal mostra precisamente o contrário. A Química é algo de tão presente no nosso dia-a-dia que é sempre surpreendente para as pessoas quão acessível e intuitiva ela pode ser”, disse Nuno Maulide. “Enquanto cientistas, é nosso dever sair das paredes dos nossos institutos e conseguir explicar o que fazemos de forma a que qualquer pessoa possa perceber e, mais ainda, gostar de ouvir e querer saber mais. A ciência é fascinante e cabe-nos a nós, investigadores, contagiarmos as pessoas com a nossa paixão e interesse.”
Nuno Maulide é também pianista e já foi distinguido com três bolsas do Conselho Europeu de Investigação: uma bolsa de arranque em 2011, uma consolidação em 2016 e outra bolsa para prova de conceito em 2018.
“A química é algo tão presente no nosso dia-a-dia que é sempre surpreendente para as pessoas quão acessível e intuitiva pode ser. Enquanto cientista, é nosso dever sair das paredes dos nossos institutos e conseguir explicar o que fazemos para que qualquer pessoa possa perceber e, mais ainda, gostar de ouvir e querer saber mais. A ciência é fascinante e cabe-nos a nós, investigadores, contagiarmos as pessoas com a nossa paixão e interesse.” conclui Nuno Maulide.