N’Zau juntou-se ao produtor e beatmaker Skyline 202 para nos oferecer o novo single “Tubarões Famintos”, um relato na primeira pessoa da sequência de eventos que aconteceram durante a perseguição da polícia inglesa a N’Zau, antes de ser detido, há 12 anos.
O single “Tubarões Famintos” é a sequência de várias faixa que N’Zau tem lançado e que vão fazer parte do EP Dinheiro para Advogados Clássicos da Cela Parte 2”. Para a produção do single, o rapper contou a mestria de Skyline 202, que vive em Luanda.
Na música, o tubarão é uma metáfora para a polícia, advogados, juizes, guardas presidiários e reclusos. Para sobreviver nessa estrada não existe uma outra escolha ao não ser transformar-se a si próprio num tubarão faminto.
Do primeiro ao terceiro verso de “Tubarões Famintos” N’Zau descreve uma estrada por onde, infelizmente, muitos já passaram. De algemas cerradas nos pulsos, no carro da polícia, a caminho de uma delegacia para o tribunal e de um tribunal para uma penitenciária de alta segurança, onde está enclausurado há mais de 12 anos.
O rapper explicou-nos que não fez a música para que as pessoas tenham pena dele mas para partilhar a sua história com todos aqueles que apreciam o seu trabalho. “É apenas uma narração do que realmente aconteceu comigo”.
Para quem está a ler sobre N’Zau pela primeira vez, esta é a história de um rapper angolano preso numa das principais cadeias de segurança máxima no Reino Unido e cuja infância e genealogia está ligada à história so conflito armado em Angola, que começou em 1975 e continuou, com interlúdios, até 2002.
Zau é um jovem talentoso que tem feito trabalhos com a assinatura da Fogo Automatiko Records, que tudo indica vir a assinar com Skyline 202.
Todas as músicas e merchandise de N’Zau encontram-se disponíveis no seu website em https://n-zau.com/.
Para saber mais sobre a vida e carreira de Nigga Zau, podes ouvir o BANTUMEN Podcast feito a partir da prisão de Swaleside. Nesse episódio, além de entenderes os métodos de trabalho de Zau, vais também ouvir a sua história cativante e o que o levou a ser condenado a mais de uma década de reclusão.
