Unus pro omnibus, omnes pro uno é uma frase em latim cujo significado em português é um por todos, todos por um. A frase é conhecida por ser o lema dos Três Mosqueteiros, no romance de Alexandre Dumas, e nos dias de hoje é uma adaptação angolana representada pela palavra Okwami.
No romance de Alexandre Dumas, publicado inicialmente em 1844, as personagens principais são apenas quatro – Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan -, mas na minha adaptação angolana temos seis figuras centrais, leais às bases do hip hop e ao boom bap.
Damani Van Dunem, Keita Mayanda, Leonardo Wawuti, Verbal Uzula e Kennedy Ribeiro e CF Kappa são Okwami.
Há uma outra comparação que preciso fazer quando penso em neste projeto.
CF Kappa é como um novo iPhone 11 Pro, com mais de 17 horas de autonomia de bateria que engata os mais novos e os mais velhos.
Juntos, o coletivo tem a possibilidade de fazer as melhores fotos e vídeos, atingir todos um público com velocidade 4G mas não ficar sem bateria para uma simples comunicação ao fim do 24 horas, graças à autonomia das baterias do Nokia 3310.
Damani Van Dunem, Keita Mayanda, Leonardo Wawuti, Verbal Uzula e Kennedy Ribeiro são nomes incontestáveis do musical angolano associados ao underground do hip hop angolano.
Apresentaram ao mercado lusófono, em especial o angolano, o projeto 6.7.19 dá-nos muito da essência do hip-hop dos anos 90 com características fortes de Dogg Pound, Outkast, Boot Camp Click, Blackstreet ou Wu-Tang.
Para o hip hop angolano, é como se fosse uma nova alternativa ao que se tem ouvido nos últimos anos, não de uma perspetiva negativa, mas a verdade é que tudo o que se tem produzido está muito distante da essência do hip-hop.
O projeto musical é composto por sete faixas e tem as participações vocais de Edu ZP e X da Questão e produções de Leonardo Wawuti e Kennedy Ribeiro. 6.7.19 está disponível na plataforma de streaming Kisom, Spotify e Apple Music.