A Comissão de Drogas Narcóticas das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira, 2, a reclassificação da resina derivada da canábis para um patamar que inclui substâncias consideradas menos perigosas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na prática, a decisão não retira a necessidade de os países estabelecerem um controlo contra a proliferação da substância. A medida também não tem o poder de mudar, por si, as políticas adotadas por cada nação sobre a canábis e os seus derivados.
Porém, com a reclassificação, a canábis deixa de ocupar uma lista de substâncias consideradas “particularmente suscetíveis a abusos e à produção de efeitos danosos” e “sem capacidade de produzir vantagens terapêuticas”.
Nessa lista de drogas mais perigosas, a canábis estava posicionada ao lado de substâncias como a heroína. Agora, fica posicionada entre outros entorpecentes como a morfina, que para a qual a organização também recomenda controlo mas admite ter menos potencial danoso.
A decisão segue uma recomendação da própria OMS e teve aprovação de 27 países. Outros 25 votaram contra e uma representação absteve-se.
O uso recreativo da canábis é permitido em países como a África do Sul, Uruguai, Holanda, Namíbia, Botswana, Ruanda e Lesotho e outros que recentemente aprovaram leis que retiram a penalização para quem consumir a substância ou que legalizam completamente o consumo.
A legalização também foi recentemente aprovada em algumas regiões dos Estados Unidos, onde houve referendo no mesmo dia da eleição presidencial.
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Mauro Aghuas
Pai de 3 | Linux entusiasta | Fã de Cazuza | amante da cultura Hip-Hop e apaixonado por festivais de Rock em Angola
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