Esta semana, o mundo da moda e não só ficou em choque com a notícia da morte de Virgil Abloh, considerado um visionário e pioneiro da sua geração. O artigo sobre cinco curiosidades do percurso do designer e DJ foi o mais lido na BANTUMEN desta semana. Segui-se o anúncio do novo single de Toy Toy T-Rex; a entrevista ao galerista e curador Carlos Cabral Nunes sobre os NFts e a falta de visão portuguesa para a promoção e divulgação da arte lusófona; a notícia de que o último álbum dos Wet Bed Gang foi o mais ouvido no período de uma semana em Portugal; e por fim o artigo do lançamento do novo trabalho do moçambicano Hélio Beatz.
1- O legado de Virgil Abloh, 5 feitos de um visionário
Virgil Abloh morreu aos 41 anos no auge da sua carreira. Foi um pioneiro e deixou um legado inestimável dentro da cultura urbana, nas suas várias vertentes, e que é agora quase indissociável da moda de alta costura. Deejay, designer, empresário e visionário teve uma ascensão meteórica desde 2009, quando ingressou num estágio na FENDI, onde conheceu Kanye West. A partir daí, tornou-se diretor criativo de YE e a sua prolífica carreira. Inicio em Chicago, onde nasceu em uma família de imigrantes ganenses e perseguiu destemidamente suas obsessões por streetwear, arte e cultura, eventualmente se tornando num dos nomes mais influentes da indústria da moda recente.
2- “Feeling”, o segundo single de “Cor D’Água” de T-Rex
Depois do vídeo de “Volta”, T-Rex lança agora “Feeling”, disponível em todas as plataformas digitais. Com uma estética visual mais premium e arrojada, o rapper está a apostar numa sonoridade cada vez mais mainstream e que pode ser indicador da sua caminhada em direção a outros mercados musicais. O vídeo mostra-nos T-Rex num misterioso baile de máscaras, em jeito de pop star e “preso” pelo feeling.
3- NFTs e a falta de visão portuguesa para a promoção da arte lusófona
Carlos Cabral Nunes é fundador e curador da galeria de arte portuguesa Perve, que ao longo de mais de duas décadas tem trabalhado para a expansão das artes plásticas lusófonas pelo mundo, numa estratégia com vários eixos mas que parte de um plano horizontal, onde as expressões artísticas africanas ganham o mesmo nível de atenção que as portuguesas e, sobretudo, desprendida de paternalismos. Encontrámo-nos com o galerista e curador durante a edição deste ano da feira de arte africana parisiense AKAA (Also Knwon As Africa), que deu-nos a conhecer o seu ponto de vista sobre a falta de estratégia e interesse lusófonos para a exportação das suas artes, sobretudo PALOP, ao contrário do que acontece por exemplo com a comunidade francófona.
4- “Ngana Zambi” dos Wet Bed Gang é o álbum mais ouvido em Portugal
Já não é novidade para ninguém que os Wet Bed Gang são líderes do streaming em Portugal, até porque já falámos sobre isso aqui na BANTUMEN.
O Spotify, maior empresa de streaming de áudio a nível mundial, acaba de revelar as músicas e os artistas mais ouvidos em 2021 e o grupo da Linha da Azambuja volta a estar nos primeiros lugares das estatísticas.
O Wrapped 2021 é a nova ferramenta da app que permite verificar o desempenho dos artistas a nível local como global, e oferece também retrospetiva sobre o que os utilizadores mais ouviram nos últimos meses.
5- A visão futurista do Pandza no álbum de Hélio Beatz
Pandza do Futuro é o nome do último álbum do deejay moçambicano Hélio Beatz, que chega com menção honrosa ao Pandza. O estilo nasceu apenas há cerca de uma década mas já é apreciado pelas massas, por conseguir aliar as sonoridades das músicas tradicionais moçambicanas às sonâncias urbanas contemporâneas.
O álbum é uma apresentação da visão futurista do estilo, com um total de 17 faixas que contam com a participação de artistas consagrados como Mr.Kuka, DJ Ardiles, Hernâni da Silva, Dice. Há ainda a assinalar a presença de vozes emergentes, como Edvan Allen, Melony, Naldos, Táyra, Paloma e Denilson L.A.
