Esta semana fomos todos surpreendidos pelo repentino falecimento do artista moçambicano Azagaia. O assunto foi naturalmente o mais lido na BANTUMEN nos últimos dias. Outro tema bastante lido foi a primeira entrevista do promissor Tiller, seguindo-se a distinção da jornalista e empreendedora Paula Cardoso como uma das 10 mulheres mais inspiradoras no empreendedorismo social; o espetáculo de ópera da renomada autora moçambicana Paulina Chiziane e, por fim, a entrevista à farmacêutica esteta Arina Gabriela, que nos falou sobre o cuidado estético e de saúde da pele negra.
Morreu Azagaia, nome maior do hip hop moçambicano
Azagaia, um dos nomes mais conhecidos do movimento hip hop em Moçambique, terá falecido nesta quinta-feira, em circunstâncias ainda por esclarecer. A notícia é avançada pela comunidade artística moçambicana.
Edson da Luz, o seu nome de registo, nasceu a 6 de maio de 1984, na Naamacha, perto da fronteira de Moçambique com a Suazilândia. A escolha do seu nome artístico não foi inocente, Azagaia, é um tipo de lança, curta e estreita, usada para a caça ou guerra. O artista ficou conhecido pelo teor crítico e frontal das suas letras face ao governo. “Mano Azagaia”, como é carinhosamente tratado, regressou aos palcos em 2016, após anunciar o fim da sua polémica carreira, marcada por detenções, ameaças e uma doença.
Tiller prepara ‘Púrpura’: “Um EP da cor da minha aura”
Santiago Costa, mais conhecido como Tiller, é um rapper, produtor e compositor luso-angolano, fundador e cara da Plenitude Music, e é um talento do rap que deves manter debaixo de olho neste 2023.
Tiller nasceu em Luanda, filho do Cazenga, tendo, posteriormente, passado por diversos bairros da capital.
O início da sua investida no universo da música deu-se através da dança. O artista fez parte de um grupo de AfroHouse em Luanda. Na altura, por ser demasiado tímido, dançava menos que os outros integrantes e escondia-se, grande parte das vezes, nas animações de composição arrojada.
Paula Cardoso eleita uma inspiração no empreendedorismo social
À margem do Dia Internacional das Mulheres, Paula Cardoso foi eleita uma das 10 mulheres mais inspiradoras no empreendedorismo social, em 2022, pela revista Success Pitchers.
Paula Cardoso jornalista, autora e fundadora da Afrolink, uma plataforma digital cuja missão é reunir profissionais africanos e afrodescendentes residentes em Portugal, para partilhar experiências, potenciar competências, criar alianças, divulgar e apoiar negócios.
“Essa ’embaixada’ da força de trabalho afro visa promover maior representatividade negra no mercado de trabalho e fomentar maior conhecimento sobre a diversidade étnico-racial existente no país. O site e as páginas nas redes sociais apresentam perfis de profissionais africanos e afrodescendentes em Portugal, bem como artigos sobre temas de interesse para o quotidiano da comunidade negra em Portugal”, pode-se ler no artigo que revela o perfil de Paula Cardoso.
Paulina Chiziane apresenta ópera em Maputo
Paulina Chiziane, escritora moçambicana e vencedora do Prémio Camões 2021, vai apresentar um espectáculo de ópera africana, esta sexta-feira, 10, no Centro Cultural da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo.
O concerto intitulado Msaho, é uma ópera africana inspirada pelo seu livro de poesia O Canto dos Escravizados, com o objetivo de mostrar as valências culturais moçambicanas. Com vista a quebrar o tabu, de que em África não há ópera, o espectáculo vai reunir várias manifestações artístico-culturais, como canto, dança, teatro e poesia para ilustrar a história de opressão e libertação do povo africano ao mesmo tempo.
Arina Gabriela aprendeu com a própria pele a cuidar de pele negra
Mais do que um tratamento estético especializado e direcionado para peles negras, a farmacêutica esteta Arina Gabriela, de 35 anos, também se propõe a acolher seus pacientes pelo viés da saúde mental e da empatia.
Não apenas por se colocar no lugar do outro, mas por levar em consideração a escassez de informações, artigos científicos, produtos e profissionais voltados a esse tipo de pele – predominante em 56% da população brasileira -, é que ela decidiu aplicar e testar fórmulas e combinações no seu próprio rosto durante o período de pós-graduação na Faculdade Ibeco, há cinco anos.
