Judas e o Messias Negro está na corrida para o Óscar de Melhor Filme, tornando-se no primeiro filme produzido apenas por produtores negros a receber essa indicação. A trama revisita o assassinato do ativista dos direitos humanos Fred Hampton, que terá sido orquestrado pelo FBI em 1969.
Shaka King, Charles D. King e Ryan Coogler são os “super produtores” por trás do filme.
Além dessa nomeação, o filme está também indicado para as categorias de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Secundário com dois atores nomeados, Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield.
Daniel Kaluuya é a estrela do filme e interpreta o papel do líder dos Panteras Negras, o lendário e carismático Fred Hampton, cujo movimento foi infiltrado pelo FBI e pelo informante William O’Neal.
De relembrar que, o ativismo de Fred Hampton, que inspirou uma geração de outros ativistas, acabou com o seu assassinado por um polícia, em 1969, aos 21 anos, enquanto dormia ao lado da esposa grávida.
Os vencedores serão anunciados na cerimónia dos Óscares a 25 de abril, que será transmitido ao vivo pela ABC às 17h PT.
O FBI nunca assumiu o seu envolvimento no assassinato de Fred Hampton. Quando foi morto pela polícia de Chicago, Hampton tinha apenas 21 anos e já era líder dos Panteras Negras.
Embora esteja no centro da ação, Hampton é visto no filme pelos olhos de William O’Neal, o homem que o traiu. O’Neal é apresentado aqui como o informante pago pelo FBI para se infiltrar na organização Panteras Negras e ajudar a planear o ataque.
Na época, o FBI era conduzido por J. Edgar Hoover, que temia a ascensão de um “messias negro”.
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