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Patche di Rima vai levar guineendade ao palco do Tivoli em Lisboa

Patche di Rima
Foto de Inês Seba / BANTUMEN

Patche Di Rima, um dos artistas guineenses da atualidade de maior influência dentro e fora do país, vai celebrar 20 anos de carreira juntamente com o seu público em Lisboa.

É já no dia 27 de agosto que o cantor vai subir ao palco do Teatro Tivoli BBVA, acompanhado de uma lista de convidados de luxo, como Grace Évora, Karyna Gomes (Ex. Super Mamadjombo), Kimi Djabate, Maio Cope, Clay, Saturnino Gibels, Bidjola Fulugo, e Netos de Bandim.

O evento, além de um acto de celebração por duas décadas no ativo na indústria da música, Patche quer levantar a bandeira da sua guineendade. “Eu sou guineense e é na música tradicional do meu país que me encontro, que me conheço, que me defino. O meu papel é partilhar e transmitir a cultura guineense pelos cinco cantos do mundo”, orgulha-se o artista.

Com três álbuns gravados; Genial Amor (2005), Rendez-vous de Siko (2011 – Disco de Ouro) e Maratona de Amor (2019) e muitas participações em várias colectâneas em todas as partes do mundo, Patche iniciou a sua carreira no ano 2000 em Bissau. Começou por se aventurar no Rap com relativo sucesso, mas tinha fome de fazer mais e melhor. Passou pelas bandas Solo Crioulo e Mantambeza, onde ganhou experiência e estrada, até se decidir pela carreira a solo.

A música de Patche cruza ritmos tradicionais da Guiné-Bissau, como o gumbé, tina ou singa, com o afro beat, zouk e kizomba. Um estilo próprio e original a que chamou “Sikó”. Nos seus temas usa dialetos tradicionais Guineenses, como o crioulo, o pepel, o manjaco, o fula, o mandinga e o sussu, fazendo dele uma das maiores referências musicais actualmente no país. “É com um enorme orgulho e sentido de missão que componho e canto músicas tipicamente africanas, uma vez que sinto que tenho uma enorme responsabilidade enquanto artista: promover a música africana pelo mundo; mostrar que África é bem mais do que se diz e do que escreve; evidenciar que há um continente riquíssimo em termos culturais por explorar”, afirma Patche.

Foi esta paixão que o levou de volta à Guiné em 2017 (depois de alguns anos a viver em Portugal), com sede de se tornar um empreendedor de música no seu próprio país, criando a sua própria editora e agência e produzindo e editando compilações musicais que são verdadeiros veículos de comunicação da música Guineense.

Patche Di Rima é também um dos Embaixadores Culturais do turismo da Guiné-Bissau, e em 2018 o músico compôs o tema “Paz pa Guiné-Bissau” apresentado na sede da ONU a propósito do Dia Internacional da Paz. São inúmeras as causas e ações das quais é embaixador. Patche dedica-se, em suma, ao desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau e à defesa dos Direitos Humanos (em particular das mulheres e das crianças), lutando por uma cidadania activa e eficaz, extermínio da exclusão social, do racismo, injustiça, e da violência. Faz da música um instrumento para divulgar a cultura e a paz. Espalha a mensagem de “uma Guiné-Bissau diferente, uma Guiné-Bissau viável, de futuro e de esperança”.

Para breve está o lançamento de um novo disco, cada vez mais focado nas raízes da música tradicional Guineense, estilo que pretende abraçar daqui em diante. Os novos temas levantarão a ponta do véu do que se vai passar no concerto de Lisboa; uma festa de amigos que vai surpreender e contagiar com o espírito Guineense.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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