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Patche Di Rima levou guinendadi ao palco do Tivoli

Patche Di Rima, no Teatro Tivoli, 27 de agosto 2022 | ©Ben Rosário
Patche Di Rima, no Teatro Tivoli, 27 de agosto 2022 | ©Ben Rosário

No sábado, 27, à noite, ao chegarmos à Avenida da Liberdade (a capital das compras de luxo em Portugal) viam-se ao longe pequenas filas a formarem-se à entrada do teatro Tivoli BBVA. Era o prenúncio de uma boa festa de celebração de 20 anos de carreira de Patche Di Rima.

À porta, a presença da guineendade sentia-se pelos cheiros da comida levada para alimentar a equipa do rapper e pelas cores dos trajes e vestidos dos convidados.

À medida que as pessoas iam entrando no espaço – que é uma das casas de espetáculos mais elegantes de Lisboa, ecoava o som dos tambores e djambés. Em palco entraram os Filhos de Bandim e as suas dançarinas, seguindo-se a banda e as backing vocals. Começava assim o concerto, com a música “Guinendadi”.

Entretanto, Patche di Rima entra em cena, vestido a rigor com um fato tipicamente guineense em tons de amarelo e azul, óculos escuros e um sorriso que iluminava toda a sala, tamanha a sua felicidade por estar a celebrar os seus 20 anos de carreira.

Começou por fazer um medley das músicas “Sexy”, “Insubstituível” e “Yabó”. Clay acompanhou-o na segunda música. Patche Di Rima fez uma pausa na música para relembrar o início do seu percurso, em 2000, onde teve de inventar uma desculpa relacionada com a morte de um familiar para poder sair do trabalho na construção civil, para poder ir atrás de um sonho. Foi ao encontro de Zé Orlando, da Sons de África – uma das primeiras pessoas que acreditou nele e na sua capacidade de fazer música, juntamente com Miguelinho Nsimbinho.

Os primeiros acordes do tema “Amizadi Sabi” começaram a tocar na guitarra e automaticamente todos se levantaram para cantar e dançar. “Amizade sabi, irmandade sabi” e o resto do refrão fizeram-se ouvir enquanto a dançava não parava. “Guiné no Coração” foi o tema seguinte a ser cantado com Karyna Gomes a assumir o microfone e dar seguimento com “Gustu Di Mel”.

Já com um outro look, mais urbano, Patche entra novamente para cantar “Nha Considju” e, de repente, os lugares sentados passaram a servir de pista de dança. Cada homem deu a mão a uma mulher para dar umas passadas. Não estávamos num ambiente de festa de família, mas quase, com a entoação de “Nha Noiva”, com a ajuda de Clay.

Chegava a vez de Kimi Djabaté subir ao palco para interpretar “Salia”, numa versão mais tradicional do que aquela que cantou com o DJ também guineense Buruntuma.

Tudo na vida tem um propósito, as coisas acontecem por algum motivo, este é um dos mantras de Patche Di Rima e é por isso que “Deus está no comando” da sua vida, ouvimos na sala. Nesse momento, mais introspetivo e inspiracional, o rapper erguia a bandeira da Guiné-Bissau enquanto ouvia-se “N’Mistiu”, “Revoluson di Sikó”, com Saturnino, e ainda a participação do cabo-verdiano Grace Évora.

Se Patche Di Rima alguma vez imaginou estar onde está e chegar onde chegou com a música? Talvez não, mas sabe que o “importante é focar, é trabalhar, é ser mais ousado. E trazer essa guinendadi. Do resto, o resultado vem”, confessou o artista na noite que celebra as suas conquistas e que dá início a tantas outras no percurso que está a traçar.

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