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Paulo Chibanga: “Precisamos transformar a criatividade em negócios”

Paulo Chibanga
Paulo Chibanga | Foto: João Pedro / BANTUMEN

O nome Paulo Chibanga está atrelado à potencialidade de negócio da arte, como ferramenta transformadora do imaginário social e potenciador da economia social. Gestor criativo, empreendedor e investidor nas indústrias criativas, Chibanga está por trás do principal festival de música em Moçambique, de renome internacional, o Azgo, e acaba de arrancar com o projeto inovador no coração de Maputo, o hub criativo XHub.

O empresário esteve de passagem por Paris, onde nos encontrámos para conversar sobre o atual panorama artístico moçambicano, a potencialidade do continente e possíveis soluções para desenvolver a indústria cultural africana.

Volvidos 15 anos de carreira artística nas Bandas 340 ml e Tumi and The Volume, Paulo Chibanga decidiu abandonar as digressões e dedicar-se à concepção de iniciativas culturais voltadas para a promoção e divulgação a arte e cultura de África para o mundo.

Natural de Maputo, lançou através da Khuzula o Festival Azgo, que “visa transformar o paradigma cultural moçambicano e quiçá o da Afrolusofonia”, afirma o próprio. A celebrar a sua décima edição em 2023, o Azgo é atualmente uma referência no país.

Vejo uma África viva, inserida nos mercados internacionais e com capacidade para transformar a cultura e a criatividade em negócios de verdade

Paulo Chibanga

Por acreditar que o festival é uma plataforma de incentivo à mudança social e comportamental, Azgo, que na gíria popular significa letsgo, além das performances, tem atividades paralelas, como uma feira de artesanato e gastronomia, o Azgozito voltado ao público infantil e o Azgo Dialogar, em parceria com a Universidade Eduardo Modlane, com diferentes talks com estudiosos, pesquisadores, artistas e gestores culturais criam reflexão e discussão sobre o passado, presente e, sobretudo, o futuro das artes e cultura.

Multifacetado, Paulo Chibanga não se limitou a criar o Festival Azgo, concebeu também a Modigi: Moçambique Digital, que é uma distribuidora de conteúdos multimédia, que conta com mais de cinco mil músicas e 400 artistas moçambicanos (Mark Exodus, Banda Kakana, Stewart Sukuma entre outros) e agrega igualmente conteúdos de humor de alguns influencers do país.

O empreendedor é também um rosto ativo na militância pela geração de renda dos artistas e dos criativos em geral. O X-Hub – Incubadora de negócios criativos, iniciativa da Khuzula, em parceria com The Music In Africa Foundation (MIAF) e Goethe-Institut South Africa, tem como foco incubar startups e negócios criativos moçambicanos, com o objetivo de facilitar a profissionalização e acesso ao mercado através da assessoria e capacitação.

Questionado sobre que futuro visualiza para África, Chibanga foi consistente: “Vejo uma África viva, inserida nos mercados internacionais e com capacidade para transformar a cultura e a criatividade em negócios de verdade. Vai haver um grande boom da criatividade africana no mundo. Para isso, é preciso, além de refletir, sermos proativos e acelerarmos. Somos ricos em criatividade. Isso, é um indicativo do posicionamento que devemos ter e da organização solicitada num mercado evoluído. Precisamos transformar a criatividade abundante em África em negócios“.

Vê abaixo o vídeo completo da entrevista abaixo.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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