Dois anos depois do romance Se o passado não tivesse asas, o escritor angolano Artur Pestana “Pepetela”, regressa às bancas literárias com Sua Excelência, de corpo presente, cuja apresentação pública acontece a 17 deste mês, no Centro Cultural Português, em Luanda.
Trata-se de uma obra onde o autor faz recurso à crítica mordaz ao abuso de poder e aos sistemas totalitários, disfarçados de democracia, escrita com um sentido de humor inteligente.
“Com a mestria que lhe é própria, Pepetela, nome maior da literatura angolana e de língua portuguesa, volta a surpreender, no estilo, na forma e na substância, com o seu mais recente romance Sua Excelência, de corpo presente”, lê-se no prefácio.
A história desenrola-se, num tempo recente, num local indeterminado de um qualquer país africano. Do protagonista e narrador, não se conhece o nome. Apenas se sabe que foi presidente de um país africano e que teve morte súbita, atingido por uma “maldita doença que apanhou a todos desprevenidos”. O insólito começa no primeiro parágrafo, com a declaração do narrador: “Estou morto”.
Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos “Pepetela” nasceu em Benguela, em 1941. Licenciou-se em Sociologia, em Argel, durante o exílio. Foi guerrilheiro do MPLA, político e governante. Foi Professor da Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Tem sido Dirigente de Associações, com destaque para a União dos Escritores Angolanos (UEA) e Associação Cultural e Recreativa Chá de Caxinde. Recebeu o Prémio Camões 1997, confirmando o lugar de destaque que ocupa na literatura lusófona.
