Não é segredo nenhum. Além de arte, música é terapia e companhia. Depois da primeira playlist de autocuidado, recomendada pelo psicólogo Henda Vieira Lopes, segue-se agora uma nova lista, cuja curadoria é da autoria de Shenia Karlsson, também psicóloga e Mestranda em Estudos Africanos.
Começamos com “Sango”, de Oshun (cantora e rapper nova-iorquina de 19 anos), e cujo título é inspirado na mitologia Yoruba. Sango é o amante ideial da deusa Osun, é um provedor divino de energia masculina positiva que cria um equilíbrio com a energia feminina positiva de Osun.
Na lista de 13 singles, ouvimos ainda temas como “Calmô”, de Liniker e os Caramelows; “Ye-Melê”, de Maria Bethânia, “Reiki Healing”, de Maha Rabab, entre outros.
Enquanto fazes exercício, lês um livro, fazes a tua rotina de higiene ou num qualquer outro momento em que só tu importas, clica no play e deixa-te levar por esta playlist de Shenia Karlsson, curada de propósito para ti.
Shenia Karlsson
Psicóloga Clínica, Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos de Portugal, European Psychology Association Member, Mestranda em Estudos Africanos na Universidade de Lisboa, Pós Graduada em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, Terapeuta de Casal e Família, Especialista em Psicologia & Diversidade, Co Autora do Livro “Gênero e Imigração:Retratos das brasileiras em Portugal durante a Pandemia da Covid-19”, Diretora do Departamento de Sororidade e Entreajuda no Instituto da Mulher Negra em Portugal-INMUNE,Co Fundadora do Papo Preta: Saúde e bem estar da mulher negra, Consultora, Palestrante, Ministrou cursos de Psicanálise e Racismo com Coletivo Djêjê.
Minha trajetória profissional deu-se primordialmente a partir de minha vivência enquanto corpo-mulher-negra. Confesso que é um lugar muito complexo, cheio de significados e significantes. É deste lugar social que estilhaço a máscara do silenciamento, explicitada por Grada Kilomba e denuncio minha existência. Minha existência é a existência de muitas seguindo a filosofia e os valores Ubuntu. Existimos coletivamente.
Tenho-me dedicado à pesquisa e à prática de uma clínica voltada para a diversidade e, com isso, a honra em ajudar sujeitos (MULHERES, HOMENS, TRANS, COMUNIDADE LGBTI+ E AFINS) a construir novos caminhos em diversas cidades do mundo, brasileiros, europeus e africanos de países de língua portuguesa.