Se bandas como My Chemical Romance, Paramore ou Panic! At The Disco fazem parte da tua geração, vais gostar de saber que há já por aí uma nova banda do mesmo estilo a fazer sucesso na Internet.
O que a distingue? O facto de serem três mulheres, duas delas negras e que querem ser a banda que nunca tiveram oportunidade de ter como exemplo, num género musical dominado por homens brancos.
Chamam-se Meet Me @ The Altar e são o mais recente êxito do pop punk nos Estados Unidos. Conheceram-se no YouTube, enquanto produziam música nas suas respetivas casas e são hoje uma das grandes apostas da produtora Fueled By Ramen, a mesma de nomes sonantes do rock e pop rock como Twenty One Pilots, Paramore, Fun ou Fall Out Boy.
Apesar de 2020 ter sido um ano desafiante para a indústria musical, a banda foi selecionada pelo Black Creators Fund, um projeto criado pela cantora Americana Halsey para ajudar monetariamente novos artistas negros, no seguimento das iniciativas Black Lives Matter.
Passemos a apresentações: a voz jovem, doce mas ao mesmo tempo cheia de garra é de Edith Johnson, tem 19 anos e é de Atlanta. Estudou música clássica e cresceu a ouvir desde Aretha Franklin a Dave Matthews Band. Ada Juarez, também com 19 anos, lidera a bateria. É de New Jersey e não tem formação musical. Filha de um baterista, frequentava estúdios de música desde os quatro anos de idade e foi assim que começou. É uma das fundadoras da banda, em conjunto com a guitarrista Téa Campbell, de 21 anos. Téa é da Flórida e aprendeu a tocar sozinha depois de receber uma guitarra eléctrica no seu aniversário de sete anos.
O género musical que se popularizou no final dos 90 e início dos anos 2000 graças a bandas como Green Day, Blink-182 ou The Offspring está agora em mudança e as Meet Me @ The Altar querem fazer parte dela. À revista FADER, a banda referiu que esperam “encorajar jovens, principalmente negras” através da sua “perspetiva do mundo diferente da maioria das bandas de pop punk de miúdos brancos a chorar pelas namoradas”. Edith Johnson acrescentou: “É um sonho para todas nós que crescemos a ouvir música sem ninguém que se parecesse connosco nos palcos, por isso queremos inspirar todas as jovens negras que queiram fazer música”. Téa Campbell afirmou numa entrevista à revista Music Week que “o mundo é dominado por homens, na sua maioria brancos, e o pop punk não é excepção”. Segundo a artista, a banda teve de pôr de parte os medos de não se encaixar na indústria para poder continuar a produzir música.
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