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Portugueses afrodescendentes continuam retidos na fronteira da Ucrânia

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Pessoas esperam em uma plataforma dentro da estação ferroviária em Lviv, Ucrânia, em 27 de fevereiro | Foto: Bernat Armangue/AP

Depois de vários relatos nas redes sociais darem conta de tratamento racista em relação aos refugiados afrodescendentes que tentam atravessar a fronteira entre a Ucrânia e a Polónia, na manhã desta segunda-feira, 28, começa a ser divulgado que jovens portugueses negros encontram-se na mesma situação.

Ana Maria Costa, mãe de um estudante português na Ucrânia, revelou à RTP, no programa Bom Dia Portugal, que o seu filho está há três dias sem abrigo e sem mantimentos, perto do posto fronteiriço ucraniano de Medyka-Shehyni.

“O meu filho Domingos José da Costa está na fronteira de Shehyni desde a noite de sexta-feira (…) em frente ao portão e [juntamente com os colegas] são impedidos pela guarda ucraniana de passar”, explicou revoltada Ana Maria Costa. “Os pretos e asiáticos, mesmo chegando àquela fronteira, não têm o direito de passar por serem pretos”, replica.

A progenitora indicou ainda que, tanto o filho como os colegas, foram “corridos com bastões”, para afastarem-se da fronteira e deixarem passar outros refugiados, sem que as autoridades verificassem os seus passaportes ou a declaração que lhes terá sido enviada pela embaixada portuguesa em Varsóvia.

“Os miúdos estão ao frio, à neve, sem comer sem beber há três dias”. Não obstante o contacto com o doutor Luís Cabaço, embaixador de Portugal em Varsóvia, que lhes enviou uma declaração por email a confirmar que eles são cidadãos portugueses, os guardas da fronteira ucraniana nem sequer olham para o passaporte que eles têm na mão e nem para a declaração”, sublinha.

A jornalista da RTP questionou Ana Maria Costa se esta teria imagens que pudessem confirmar as denúncias – embora nos últimos dias os vídeos e fotografias que denunciam racismo por parte das autoridades fronteiriças terem inundado as redes sociais e no Twitter a hashtag #AfricansInUkraine estar nas tendências das últimas horas -, a mulher explicou que o filho, bem como os colegas, estão há três dias à porta de ‘casa’, à porta da NATO, à porta da União Europeia e não conseguem vir para casa”.

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