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Prémios Play sem hip hop e com Dino a bater recorde

Premios Play

Numa edição em que o hip hop ficou de fora das distinções, Dino d’Santiago venceu, pela terceira vez, a categoria de Melhor Artista Masculino e o Prémio Crítica dos Play – Prémios da Música Portuguesa, cujos vencedores da 4.ª edição foram anunciados na quinta-feira à noite numa cerimónia em Lisboa.

Eu.Clides foi considerado o Artista Revelação do ano, categoria em que concorreu contra Ivandro, Luís Trigueiro e Rita Vian.

Pelo segundo ano consecutivo – e mesmo figurando no top das tabelas de streaming – o ano passado, com Ngana Zambi, bateram o recorde do álbum português mais ouvido no Spotify – os Wet Bed Gang voltam a perder o prémio de Melhor Grupo, desta vez para os The Black Mamba.

Paulo Flores foi distinguido com o prémio Lusofonia, com “Jeito Alegre de Chorar”, competindo com Mário Lúcio, Luíz Sonza, Pabllo Vittar e Anitta e C4 Pedro.

Dino D’Santiago subiu duas vezes ao palco do Coliseu dos Recreios para receber os dois prémios – Melhor Artista Masculino e Prémio da Crítica, com o álbum Badiu – que já tinha recebido na 1.ª e na 2.ª edição dos Play.

Este ano, Dino d’Santiago falhou apenas a categoria Melhor Álbum – cujo vencedor foi 70 Voltas ao Sol (Ao Vivo com Orquestra), de Jorge Palma – e que o músico tinha vencido em 2019 com Mundo Nôbu e no ano passado com Kriola.

Com os dois prémios que recebeu na quinta-feira, Dino d’Santiago tornou-se no artista com mais distinções nos Play (oito).

Ao receber o Prémio da Crítica, atribuído por um painel de jornalistas, Dino d’Santiago fez questão de deixar “um recado” aos “colegas músicos”. “Fazemos parte de um tempo e devemos refletir esse tempo. Não podemos ser indiferentes ao que acontece no mundo, enquanto houver guerras e fomes todos fazemos parte dessa equação”, disse.

Na abertura da cerimónia, a apresentadora Filomena Cautela salientou que seria uma noite para “celebrar a Arte e a Cultura, a música portuguesa com a sua expressão máxima de resistência”.

Lembrando que o setor dos espetáculos foi “o primeiro a fechar e o último a abrir”, devido às restrições impostas no âmbito do combate à pandemia da covid-19, Filomena Cautela referiu que a cerimónia seria também para “celebrar o regresso dos espetáculos ao vivo”. “Celebramos o público”, disse.

Além de Dino d’Santiago, também a fadista Ana Moura venceu em duas categorias: Melhor Artista Feminina e Melhor Videoclipe, com “Andorinhas”, prémio que dividiu com o realizador André Caniços.

Eu.Clides venceu na categoria de Artista Revelação, assumindo que muitos dos que estavam no Coliseu ou a acompanhar a cerimónia em direto através da televisão ou ‘online’ poderiam “estar a pensar: ‘quem é o Eu.Clides?’”. “Foi um ano incrível para mim e este ano tenho muitas mais surpresas. Vamos continuar a batalhar e gostava que este prémio servisse de motivação para todos os artistas que vão trabalhando sozinhos. De um momento para o outro as coisas podem mudar”, disse.

Na cerimónia foram ainda atribuídos os prémios de Melhor Álbum Jazz (“Unlimited Dreams”, de João Lencastre’s Communion), Prémio Lusofonia (“Jeito Alegre de Chorar”, de Paulo Flores), Melhor Álbum de Fado (“Horas Vazias”, de Camané) e Vodafone Canção do Ano (“Onde Vais” Bárbara Bandeira com Carminho).

Embora todos os vencedores tenham sido aplaudidos, a única ovação de pé foi para a vencedora do Prémio Carreira: Simone de Oliveira, que recentemente se despediu dos palcos, ao fim de 65 anos de carreira.

Além dos vencedores das várias categorias, o palco do Coliseu acolheu também uma série de atuações: Dino d’Santiago cantou com os Monte Cara, Nenny com Ana Moura, Bárbara Bandeira com Carminho (numa atuação gravada no dia anterior), Paulo Flores com Sara Correia, Moonspell com Dulce Pontes, Gama com Piruka e Jimmy P e Camané com Agir e o Coro Ucraniano da Igreja Greco-Católica de Lisboa.

Atuaram ainda os The Black Mamba com o guitarrista de jazz André Fernandes e Ivandro com Slow J e Frankieontheguitar.

Os prémios Play são promovidos pela Audiogest (Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos) e pela GDA – Gestão dos Direitos dos Artistas, em parceria com a RTP e a Vodafone.

Nesta edição, foram tidos em conta álbuns e canções editados entre 1 de outubro de 2020 e 31 de dezembro de 2021.

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