Arrancou na sexta-feira, 5, o festival Sumol Summer Fest que vai decorrer até sábado, 6. Música, skate e campismo, fazem parte da ementa deste menu festivaleiro, no restaurante Ericeira, Portugal.
O sol fazia-se sentir, e as filas de pessoas para entrar no recinto aumentavam na Estrada Nacional 247. Uns com roupa de banho, outros com os seus skates na mão, e outros iam já dando música a quem passava, entre o beatbox e o boom bap que saia das colunas de alguns festivaleiros.
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O objectivo de todos era o mesmo, passar um fim-de-semana em que o Hip Hop fosse o foco principal. Podem esperar “um espetáculo especial, único e irrepetível” afirmou o director do festival, e foi isso mesmo que se sentiu quando as portas do Sumol se abriram, muito boa vibe e música.
O cabeça de cartaz deste dia era o rapper americano Young Thug, mas muitos aguardavam pelo rapper de Chelas, Samuel Mira, aka Sam The Kid, que ia apresentar o espetáculo “Mechelas“, que junta Bispo, Blasph, Bob da Rage Sense, Boss AC e Phoenix RDC, entre outros no palco principal.
A festa já tinha começado, ouviam-se scratchs da mesa dos DJs, temas de Hip Hop old school à new school que se misturavam com a arte no palco QuickSilver. Slimcutz e Fortenorte by Maze eram os culpados do abanar das cabeças das pessoas com os seus sets e ao mesmo tempo podia-se contemplar o street art feito pelo Laro Lagosta.
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No palco principal Kappa Jota fazia todos saltarem. “Pela Cidade”, “Djah Djah” e “Tribo” foram alguns dos temas cantados pelo rapper com a sua filha ao colo, que ia cantando ao mesmo tempo que o pai, e assim mostraram que realmente os “Good Fellas, Good Music” estão presentes.
Para quem não os conhecia, passou a conhecer, marcaram presença no palco e fizeram com que nunca se esquecessem deles. Falamos dos THEY. O duo de Los Angeles, cuja música é uma mistura de hip hop, rock, r&b, pop, com referências tão diferentes como Nirvana, New Edition, Ed Sheeran, Taking Back Sunday ou James Brown. A dupla composta por Dante Jones e Drew Love, trouxeram a vibe norte-americana para se fundir com a portuguesa, e não é que foi uma boa fusão?!
O festival continuava noite afora. Era a vez de Sam The Kid entrar em palco. O público estava à espera da apresentação de “Mechelas” um espetáculo pensado por Sam The Kid em exclusivo para o Sumol Summer Fest.
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O concerto seria de apresentação na íntegra do álbum Mechelas, que contou com a presença de todos os convidados que participaram no disco, editado por Sam The Kid no final de 2018. “Caravana”, “Montanhas”com Bob The Rage Sense, “Na Fita” com MC Zuka, “Necessidade” com Bispo, “Eu Faz Di Tudo” com Carlon, “De Experientes a Amadores” com Kid MC, “Canal” com GROGNation e “A Flecha dos Elfos” com Lancelote, Cali e Lennox, foram alguns dos temas que se fizeram ouvir no palco.
Bob da Rage #SumolSummerFest19 #mechelas pic.twitter.com/j6NFiSKUcT
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Ainda houve tempo para cantar os parabéns ao Alexandre Santaella Cruz, mais conhecido como DJ Cruzfader, o responsável pelo lançamento de várias mixtapes e participações nos melhores álbuns de Hip Hop português.
Depois de Sam the Kid ter trazido Chelas para a Ericeira juntamente com os hits “Poetas de Karaoke”, “Sendo Assim” e “Não Percebes”, subiu ao palco um dos nomes mais esperados durante o dia, Young Thug.
@youngthug em Lisboa, 🇵🇹 no festival @SumolSummerFes1 pic.twitter.com/T0dB8VnqUm
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A expectativa era grande, assim como o mar de gente que se fez notar na frente do palco Sumol. Os empurrões eram constantes, todos queriam estar na linha da frente e marcar presença. Young Thug entrou e o mosh pit começou, literalmente, todos saltavam e empurravam-se uns aos outros ao som que o rapper trouxe de ATL (Atlanta, EUA) de onde é originário.
Jeffery Lamar Williams (Young Thug) levou consigo uma comitiva grande. E com a ajuda de todos em palco, explicou através da sua música o porquê de ser uma estrela em ascensão, e um rapper com uma a reputação alta desde a música até a moda, sendo ele um exemplo para milhões de jovens em todo o mundo.
Mas a festa não ficou por aqui. Após o espetáculo de Young Thug, DJ Overule veio ao palco para dizer que ninguém podia ficar parado e que a música iria continuar, e assim foi.
Wilds Gomes
Sou um tipo fora do vulgar, tal e qual o meu nome. Vivo num caos organizado entre o Ethos, Pathos e Logos – coisas que aprendi no curso de Comunicação e Jornalismo.
Do Calulu de São Tomé a Cachupa de Cabo-Verde, tenho as raízes lusófonas bem vincadas. Sou tudo e um pouco, e de tudo escrevo, afinal tudo é possível quando se escreve.