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“Tenho projectos para os quais o mercado angolano não está preparado”, DJ Omix

Pertecente a uma nova geração do movimento hip hop, o dj e produtor Omix teve o seu primeiro contacto com a música aos 15 anos em festas de família, onde selecionava as músicas para tocar. A seriedade que impões ao que, até ao momento, era apenas um hobby chegou quando a mãe lhe comprou um computador e começou a ter contacto com uma série de programas de mixagem.

No princípio, Omix começou por tocar todos os estilos, mas com tempo começou a apaixonar-se pelo hip hop e r&b.

Tens trabalhado muito com a nova escola do hip hop. Quais são os teus critérios para fazer um projecto com alguém?

Trabalho sim com cantores da nova escola, ainda não tenho um critério definido porque cada artista tem a sua visão, defino os artistas através das energias que eles me transmitem nas suas músicas.

Recentemente ouvimos-te com umas barras numa música. Além de DJ e produtor, pretendes agarrar o microfone?

Sim, lancei umas pequenas barras em dois sons. Acho perfeitamente normal eu estar a pegar o microfone, o que seria anormal é eu não fazer nada com as músicas que produzo, então haverá mais barras minhas em sons futuros.

Considerando que, até há pouco tempo, eras membro da produtora Galáxia de Dji tafinha, o que te levou a saíres da produtora e lançar a tua própria label?

Eu trabalhei com Dji Tafinha quase um ano, acompanhei-o em vários eventos e foi muito bom mas não foi o primeiro artista com quem trabalhei. Já estive em outros projectos com Dellcio Dollar quase um ano. A minha agenda cresceu e ficou quase impossivel estar sempre a acompanhar o Dji Tafinha, a mesma coisa aconteceu com Dellcio Dollar. Para trabalhar com outros artista tens que estar sempre disponível sem outros compromissos. Além de tudo, sou DJ e quero continuar a ser DJ… estar em festas, eventos e shows. Basicamente, a minha agenda cresceu e eu não podia estar disponível sempre.

Agora que tens uma agenda entre Portugal e Angola, quais as principais diferenças de trabalhar entres dois países?

Em Portugal o público chega ser mas exigente que o público angolano, mas consigo interagir e dar conta do que eles querem ouvir.

Quantos projectos tens actualmente em carteira?

Em carteira tenho diferentes projectos e cada um tem o seu tempo de lançamento. Já disponibilizei duas mixtapes, fiz vários cyphers. Tenho projectos que vejo que o mercado angolano não está pronto para receber, então prefiro esperar mais um pouco.

Como tem sido 2017 para ti?

Este ano está a ser um ano abençoado para mim mas estou a pensar já em 2018, porque o 2017 já deu o que tinha a dar.

Qual é o teu ponto de vista sobre as nomeações do Angola Hip Hop Awards na categoria de Melhor DJ?

Não concordo com certas nomeações. O DJ Callas pela idade e tempo de carreira devia ser um dos homenageados. Pelo trabalho e dedicação, o Leandro 300 também devia estar nessa lista.

Dentro dos DJs de hip hop qual é a maior dificuldade que encontram para a divulgação dos vossos trabalhos?

A nossa maior dificuldade começa quando os organizadores de eventos de hip hop começam a convidar DJs de afro house para animar o evento e nos deixam sem espaço. Muitas das vezes não é necessário que nos paguem, mas o pagamento é essencial. Temos tanto trabalho que os organizadores e os meios de comunicação não dão valor.

 

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