Salima Rhadia Mukasanga acaba de fazer história. Depois de 33 edições da Copa Africana das Nações, finalmente um nome feminino entra para a lista de árbitros.
Selecionada pela Comissão de Árbitros da CAF, a ruandesa Salima Mukasanga fez parte da equipa de arbitragem, estando como assim como assistente do jogo entre a Guiné Conacri e o Malawi, na última segunda-feira, no qual os Elefantes da Guiné venceram por 1-0. O jogo aconteceu no Estádio Omnisports em Bafoussam.
A sua história com o desporto começou quando estava prestes a ser uma jogadora de basquetebol no Ruanda, mas o “acesso à infraestrutura e aos treinadores de basquetebol era difícil”, indica a mesma à imprensa estrangeira, acabando por entrar para área da arbitragem.
Em 2009, Salima conseguiu o seu primeiro certificado de arbitragem no início do bacharelato em Obstetrícia e Enfermagem, pela Universidade de Gitwe.
Assim que conseguiu a certificação que habilita a dirigir jogos de futebol, em 2011, Salima ingressou na segunda divisão do campeonato ruandês, feminino e masculino.
Um ano depois, Salima tornou-se oficialmente árbitra e passou a fazer inúmeros jogos pelo continente, participando em vários encontros entre seleções.
Entretanto, apitou pela primeira vez um encontro entre seleções africanas (Zâmbia vs Tanzânia), para o apuramento ao CAN feminino de 2014.
Quatro anos depois, Salima foi escolhida como árbitra central e a única mulher africana no Mundial Feminino em sub-17, no Uruguai, e em 2019, participou também como árbitra central do Mundial feminino em França.