As semanas de moda em Paris e Milão enfrentam mais uma vez grandes dificuldades para manter toda a dinâmica, humana e logística, a que estamos habituados.
Apesar da controvérsia, parece que os eventos vão mesmo acontecer, que no caso francês arranca já no dia 18 de janeiro com a coleção masculina. Contudo, marcas de luxo como Ann Demeulemeester, Brunello Cucinelli, Giorgio Armani e Emporio Armani cancelaram há dias os seus respetivos desfiles Outono/Inverno agendados para Milão, devido ao preocupante aumento do número de casos de contágio da variante Omicron.
Contestando a arriscada decisão das autoridades sanitárias, para muitas marcas de moda, os eventos deverão mesmo acontecer, em meio da quarta vaga contágio.
A organização dos eventos já indicou que toda uma estrutura de biossegurança está a ser montada para dar segurança a todos os convidados e profissionais envolvidos.
Casas de moda como Hermes, Dior, Loewe e Kenzo avançam com os planos de realização exigindo a obrigação de uso de máscaras, certificado de vacinação.
As habituais festas após os desfiles devem ser evitados.
Diariamente há casos crescentes de infecções da Covid-19 e as variações do vírus preocupam as autoridades sanitárias e sectores empresariais.
Na véspera de Ano Novo de 2021 foram registados em França 232 mil novos casos de covid-19, um novo recorde para o país, segundo a RFI, tornando a França como o epicentro da maior propagação da nova variante no mundo.
O presidente Francês Emmanuel Macron endureceu as restrições para “pressionar” os que recusam a vacina e que violam as medidas de biossegurança, limitando o acesso em locais públicos e recriação. As novas regras estão mais rígidas para evitar altos casos de propagação na região e isolamento para os doentes da Covid-19.