Depois de singles e remixs originais, como “Glamour”, “Tela”, “Considjo Di Garandis” com Magic Beatz – que é uma homenagem a Bidente da Silva, cantor e compositor guineense, falecido em 2015 -, a dupla acaba de lançar novo tema, “Cabinda”.
“’Cabinda’ é fruto do trabalho durante o período de quarentena e veio emergir no nosso lado mais electrónico sem nunca esquecer a nossa identidade. O tema em si mostra crescimento sonoro e funde como sempre os ritmos africanos que são especiais para nós, e juntamente com pequenos toques da electrónica faz com que ‘Cabinda’ torne-se numa simbiose sonora capaz de levar-vos além-fronteiras”, explicou-nos a dupla.
Este novo tema surge de um vocal interpretado pela cantora angolana Noite e Dia no tema “Pau de Cabinda”, “onde demos uso e criamos algo original”, indicam os Studio Bros.
O título do tema relaciona-se com o fármaco natural, incorporando o poder e potência da música africana que a dupla coloca na sua discografia.
Cabinda é uma das 18 províncias da República de Angola, sendo um enclave limitado a norte, leste e sul pela República do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico. Apesar desta província estar fora das fronteiras do território geográfico de Angola, pertence ao país. A capital da província de Cabinda é a cidade de Cabinda, conhecida também com o nome de Tchiowa.
É extraído em Cabinda uma grande parte do petróleo exportado por Angola, e também o Pau de Cabinda, um poderoso afrodisíaco usado para tratar a disfunção eréctil, com propriedades, estimulantes e revigorantes, e que é utilizado tanto para homens como mulheres. Este “viagra africano”, como também é chamado, é extraído da casca de uma árvore que se encontra no país, na região de Cabinda. É 100% natural mas a sua venda foi proibida na Europa.
Agora que em Portugal, e na maior parte dos países, o desconfinamento já se encontra na recta final, é o momento ideal para poder partilhar com o público alguns trabalhos que Famifox e Nunex andaram a desenvolver durante a pandemia e o confinamento. “Estamos extremamente felizes de poder voltar a estar e sentir a energia do público com as nossas músicas”, disseram.
Faz play abaixo para ouvires “Cabinda”.
Wilds Gomes
Sou um tipo fora do vulgar, tal e qual o meu nome. Vivo num caos organizado entre o Ethos, Pathos e Logos – coisas que aprendi no curso de Comunicação e Jornalismo.
Do Calulu de São Tomé a Cachupa de Cabo-Verde, tenho as raízes lusófonas bem vincadas. Sou tudo e um pouco, e de tudo escrevo, afinal tudo é possível quando se escreve.