Indi Nunez, nascido em 1986 e criado em Lisboa, foi em Londres, terra de sua majestade, que assentou raízes. Há oito anos a trabalhar junto de adultos com doenças mentais, a maioria autistas, encontrou fascínio na forma como comunicavam sem o recurso às palavras, apenas através de olhares e movimentos.
O fotógrafo, que decidiu viajar sozinho por outros países, confessa que a solidão o deixa mais concentrado nos comportamentos, nas expressões, nos hábitos e tantas outras coisas que no quotidiano nem sempre nos suscita curiosidade e nos faz olhar.
Passou pelos Camarões, onde presenciou “a luta pela sobrevivência diária”, pelo Vietname, Laos, Tailândia, Camboja e Myanmar, onde aprendeu o verdadeiro sentido do “não ter nada” e “ter tudo para dar”.
De regresso a Portugal, Indi Nunez procura partilhar as vivências recolhidas através da sua primeira exposição fotográfica “Solitude”, que está em exibição, no Jardim Botânico da Ajuda, Lisboa, onde a BANTUMEN marcou presença. Um espaço onde os visitantes podem ver as “almas captadas” pela sua objectiva durante a mais recente jornada.
“A vida passa” e o artista já só pensa no próximo passo. Viajar com destino à Guiné-Bissau, um país que para Indi “tem muito para ser retratado”.