O presidente dos Estados Unidos Donald Trump lançou um ataque no Twitter ao diretor Spike Lee, que venceu na madrugada de segunda-feira o Óscar de Melhor Argumento adaptado com o filme “BlacKkKlansman”, acusando-o de “racismo” contra o presidente dos EUA durante o seu discurso de aceitação.
Durante o discurso, Spike Lee disse : “Se todos nós nos conectarmos com os nossos ancestrais, teremos amor, sabedoria, recuperaremos a nossa humanidade. Será um momento poderoso. As eleições presidenciais de 2020 estão a chegar. Vamos todos nos mobilizar, vamos todos estar do lado certo da história, vamos escolher o amor sobre o ódio, vamos fazer a coisa certa. ”
O presidente Trump escreveu na manhã de segunda-feira que o realizador de Blackkklansman fez um ataque racista, proclamando-se ainda como o presidente que fez mais pelos afro-americanos que qualquer outro (Reforma da Justiça Criminal, baixa do desemprego, cortes nos impostos, etc).
Be nice if Spike Lee could read his notes, or better yet not have to use notes at all, when doing his racist hit on your President, who has done more for African Americans (Criminal Justice Reform, Lowest Unemployment numbers in History, Tax Cuts,etc.) than almost any other Pres!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) February 25, 2019
Depois de receber a notícia da vitória, Lee saltou para os braços do apresentador Samuel L. Jackson, antigo colaborador de longa data, quando subiu ao palco para receber o prémio com Charlie Wachtel, David Rabinowitz e Kevin Willmott.
Mas o humor de Lee mudou drasticamente quando o troféu de Melhor Filme foi para o concorrente “Green Book”. Sentado na plateia, Lee, visivelmente irritado, acenou com as mãos em desgosto e pareceu tentar sair do Dolby Theater. Minutos depois, voltou para o seu lugar.
“Este é o meu sexto copo [de champanhe], e sabe o porquê?”, disse, sorrindo e segurando uma taça de champanhe quando se encontrou com repórteres e explicou em muito poucas palavras que a vitória de “Green Book” não foi merecida.