A Starlink acaba de chegar em África e Moçambique é o primeiro país do continente a autorizar o processo de operação do serviço fornecido pelo projeto da SpaceX. A licença foi entregue pelo INCM nesta quarta-feira, em cerimónia realizada nas instalações do Instituto, em Maputo.
O Instituto Nacional de Comunicação de Moçambique, a autoridade reguladora das comunicações naquele país, autorizou o processo de licenciamento da Starlink, a mais nova operadora que irá fornecer internet via satélite.
Para a INCM, a entrada da Starlink vai melhorar o sinal, a conectividade e a expansão da internet em banda larga em Moçambique.
“O serviço de transmissão de dados a ser prestado pela Starlink complementará outros disponíveis no mercado, sem substituir as tecnologias existentes”, diz a nota do Instituto.
Além da expansão da banda larga, o Instituto avança que outra a vantagem da entrada do serviço em Moçambique vão apoiar os trabalhos governamentais e em outras áreas específicas, com destaque a educação pública.
Um das massivas apostas da Starlink é fornecer internet ultra-rápida para o continente berço até ao final de 2022, o que fará com que a um maior número de pessoas e localidades, recebendo destaque as zonas rurais.
Starlink é um projeto de desenvolvimento de constelações de satélites que está em andamento pelas mãos da SpaceX, do sul-africano Elon Musk.
A ideia da empresa é desenvolver e fornecer um serviço de baixo custo e de alta qualidade com o auxilio de transceptores terrestres de clientes interessados em implementar o novo sistema baseado na internet.
Segundo a empresa, enquanto que a maioria dos serviços de internet provém de satélites que estão a 35 mil quilómetros da terra, a Starlink vai orbitar os seus satélites a cerca de 550 quilómetros, o que irá reduzir o tempo de viagem de dados entre os utilizadores e os satélites.
Atualmente, em África, Moçambique é o primeiro a autorizar o serviço, juntando-se aos outros 16 países do mundo como Portugal, Polónia, Chile, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Áustria, Países Baixos, Irlanda, Bélgica, Suíça, Dinamarca e Austrália.