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Tatiana Rojo “Amou Tati”, a dama de ferro do humor africano

Canta, dança, é actriz mas é no stand-up comedy que Tatiana Rojo, conhecida no meio artístico por Amou Tati, encontra a sua essência.

Chamam-lhe a “dama de ferro”, não porque é parente de Margaret Thatcher mas em homenagem à sua mãe, uma mulher de fibra e sempre cheia de humor, que pegou nas quatro filhas e abandonou a vida que tinha em França, onde Tatiana nasceu, para voltar à terra natal, Costa do Marfim.

Caracterizada como uma comediante brilhante em França, Amou Tati é dona de uma “intensidade dramática sublime e de uma diversidade infindável de emoções interpretadas na perfeição e com o coração”, descreve o Africultures.

Depois de várias aparições como actriz secundária na televisão e cinema, a humorista lançou-se à comédia. Em 2009 levou aos palcos “Amou Tati em estado bruto”, que foi um sucesso em França durante três anos, onde se instalou a algum tempo.

“Às pessoas que passam as suas vidas a lamentar a sua situação digo-lhes: Vão chorar para o deserto. Lá há falta de água!”, é uma das suas frases de abertura do show e o seu lema de vida.

Na Costa do Marfim há uma necessidade constante de se reinventarem, aliás tal como em Angola. No país onde se fazem piadas sobre a guerra civil é onde Amou Tati vai buscar inspiração.

Segundo o Afribuku, o ponto forte das suas interpretações de stand up comedy é o destaque entre as diferenças de europeus e africanos e os seus choques culturais, que a própria viveu algumas vezes. A primeira aconteceu aos seis anos, quando foi com a mãe viver para a Costa do Marfim. Na escola, o seu sotaque francês “puro” fazia-a demarcar-se dos seus pares. Aprendeu a falar com o sotaque carregado da “terra” para se poder ambientar e é com esse sotaque que hoje anima salas de espectáculos cheias de brancos e negros.

A sua capacidade de interpretação já lhe valeu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Cinema de Montréal, Canada, pelo seu papel como Aya Cissoko, uma famosa pugilista maliana, no filme Danbé, de cabeça erguida.

Já passou por diversas salas na França continental e ultramarina, na Bélgica e em alguns países africanos como Senegal e Costa do Marfim, e Amou Tati garante que o seu maior sonho é conhecer melhor África e fazer um documentário sobre a luta feminina no continente.

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