No dia 22 de abril, um dia depois do 108.º aniversário do Theatro Circo, em Braga (norte de Portugal) nasce um novo ciclo, o PARAÍSO. Com foco na promoção de espetáculos de nova música urbana afrodescendente e lusófona, este novo ciclo arranca também com as Conversas do Paraíso, com curadoria da BANTUMEN, nas quais estarão presentes figuras e personalidades que habitam o mundo das artes e cultura em torno deste tema.
A iniciativa surge pela premissa “o universo lusófono pode e deve ser um dos mais importantes catalisadores para uma transformação social e cultural em Portugal”.
Este mundo artístico, surpreendentemente longe da linha programática da maioria dos teatros municipais, mas cada vez mais presente nos grandes festivais nacionais e internacionais – artistas estes detentores dos lugares cimeiros de audições em todas as plataformas –, representa um impacto nas artes e na vida pública em Portugal como há muitas décadas não assistíamos na esfera artística.
O Theatro Circo, como estrutura pública e com o objetivo de proporcionar à sua comunidade a realidade de um país e as suas potencialidades artísticas, cria o PARAÍSO com o objetivo de aproximar as gerações mais jovens como também enriquecer as gerações já fidelizadas desta sala de espetáculos.
Assim, no dia 22 de abril, acontece a primeira Conversa do Paraíso, pelas 18h, com entrada gratuita, no salão nobre do Theatro Circo, com o tema “O Bairro Venceu – Como ultrapassar os estereótipos e trilhar um caminho em direção ao sucesso”. Os convidados serão a rapper, assistente social e autora do livro “Um Preto Muito Português”, Telma Tvon, e o jornalista de cultura Ricardo Farinha, com a moderação da jornalista da BANTUMEN Marisa Mendes Rodrigues.
“Bairro: aglomerado de casas que abrigam pessoas ou famílias com fracos recursos económicos, onde as ferramentas de integração social são, praticamente, inexistentes e onde a criminalidade faz manchetes. É esta a descrição que nos surge quando falamos de bairros, mas será essa a realidade? Como é que um local tido como um núcleo de carência, a todos os níveis, pode ao mesmo tempo ser um propulsor de talento? Quantos mundos cabem num bairro, sendo que este é um mundo em si mesmo? Para lá da segregação, quem vive, quem sobrevive e quem se destaca rumo ao sucesso?”, é a reflexão que dá o mote à conversa.
Logo a seguir, às 21h30, as honras do palco são feitas por Dino D’Santiago, com um concerto na sala principal. Os bilhetes podem ser adquiridos por 30 euros (ou 15 euros para detentores do cartão Quadrilátero).