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James dos Reis
PHOTOGRAPHER_ARLINDO CAMACHO

“Toma” dá início à realeza de James dos Reis

James dos Reis, enquanto artista, é fruto do Rhythm and Blues na sua pura essência dos anos ’90 e 2000, época dourada para artistas como Clyde McPhatter & The Drifters, Ruth, Brownd, D’Angelo, BabyFace, Toni Braxton, Usher, Ne-Yo e Chris Brown.

Com apenas 26 anos, foi o R&B que lhe indicou o caminho a seguir no mundo da música, embora o amor pela mesma estivesse presente desde sempre. Desde quando, ainda pequeno, ouvia a prima Myriiam cantar. Em 2012 chegou até a fazer uma participação num single da artista. “À medida que fui explorando mais e mais, esse amor foi crescendo sem limites, até que descobri o John Legend e, nunca mais fui o mesmo”, explicou-nos.

James nasceu em Portugal, mas as suas ligações são cabo-verdianas. É intérprete e recentemente autor, numa sonoridade bastante ligada às suas raízes. A primeira amostra desta ligação luso-caboverdiana é Toma, o seu primeiro single, lançado em fevereiro deste ano.

Apesar da ligação com a música ter estado sempre presente, sendo ela “o pilar da vida”, foi apenas aos 17 anos que deu força à sua voz e começou a mostrá-la aos que o rodeavam. A motivação veio de fora, primeiro pelos colegas de turma e pela professora. “Muitas vezes começava a cantar de forma inconsciente nas aulas e a professora dizia-me ‘cantas muito bem, mas nas aulas não’ e os meus colegas ouviam-me e incentivavam-me a cantar, publicar vídeos, etc.”  

O facto de se ter mudado para Londres, em 2016, deu-lhe uma visão mais ampla em termos musicais. “As minhas influências musicais para além do afro-pop, são o soul e o r&b e isso está muito ligado ao meu percurso em Londres.” Foi lá onde encontrou novas experiências e onde acabou por descobrir uma nova vocação, desta vez enquanto modelo. A ida para Londres tinha um propósito: “procurar uma experiência de vida diferente, estar em contacto com outra atmosfera e consequentemente crescer com ela.”

Além da música, James acabou por entrar em contacto com o mundo da moda. “Abriu-me muitas portas, deixei de lado a rotina do imigrante português e foi a partir desse momento que comecei a absorver muito mais o que me rodeava, as pessoas, os novos desafios, que me tiraram da minha zona de conforto.” A música acabou assim por ficar em stand by, mas nunca esquecida. Entretanto, voltou para Portugal para dar asas ao sonho que sempre esteve vivo em si, a música.

Podia ter dado os primeiros passos na música na terra onde Diana, Princesa de Gales, nasceu. Mas não, James é um homem de ideias fixas e sempre quis começar a sua carreira no seu país de origem e a cantar na sua língua e depois sim, transportar a lusofonia além-fronteiras.

Agora, em Portugal, num registo completamente diferente, mais maduro e com ideias objetivas, sabe que direção seguir e os passos certos a dar para alcançar o que sempre quis. “Na verdade, hoje tenho uma forma mais madura de ser e pensar, por isso o caminho que quero seguir com a minha arte está a ficar cada vez mais definido.” 

“Toma” é um resgate das suas raizes, uma sonoridade fresca, numa combinação que surge entre a música pop, R&B e o balanço dos ritmos africanos que foram emprestados das suas origens cabo-verdianas. O tema surgiu da sua parceria com o cantor Agir e a produtora Real Caviar, que com apenas uma mensagem fez com que James se “atirasse de cabeça” nesta nova aventura. “Recebi uma mensagem do Agir que dizia ‘ainda estás com medo?’ e a partir desse momento eu já sabia o que tinha de fazer”. 

A musicalidade que quer deixar na “tuga” é de sangue novo, de um artista pop, que se encontra no R&B e voa além dos quatro mares, e sabe que essa versatilidade o vai permitir explorar muitas abordagens diferentes. É com essa diferença que quer chegar ao seu público e mostrar a sua essência e energia. Promete trazer melodias, vocals, uma mistura de vários géneros musicais que o influenciam. Acima de tudo espera que “o people goste e consiga sentir a vibe.”

James dos Reis tem já mais algumas músicas prontas para sair, com mais “dicas quentes”, como o mesmo diz. O que mais importa neste momento é a possibilidade de fazer com que quem ouça as suas músicas as sinta e que se deixem levar pela energia, “assim como o abraço quente” que pretende dar a todos.

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