Stewart Sukuma comemora este ano 40 anos de uma carreira equilibrada e sólida no contexto cultural de Moçambique e não só, o artista criou uma marca indelével pelos palcos e cidades por onde passou, posicionando-se como o verdadeiro embaixador da cultura moçambicana no mundo. A tour de Stewart Sukuma decorrerá entre 15 de julho e 31 de agosto e passará por vários palcos europeus.
Além da atividade musical que teve início em 1982 com a gravação da sua primeira música, “Música Quente”, Stewart Sukuma abraçou de forma convicta e determinada o ativismo social que o acompanha até hoje, fazendo parte do seu quotidiano e ombreando com igual importância com a música.
Músico e ativista, o artista tem também um papel importante como escritor e já fez alguns cameos como ator.
40 anos depois, Stewart Sukuma ainda consegue reinventar-se com uma marrabenta única sem contudo perder a essência dos anos 50. O primeiro músico a quebrar a barreira linguística cantado este estilo popular dos Tsongas em português.
O artista, tido como um dos nomes maiores da música e televisão moçambicana, celebrou os seus 40 anos carreira com o single “Utomi”. A palavra significa vida em Changana, língua falada no sul de Moçambique, e, neste caso, representa a celebração de um ciclo de trabalho e a necessidade de viver intensamente. Nas redes sociais, o artista escreveu que o single é também uma aventura para novos ares, sendo que o som é uma exploração do estilo afro-house.
“São 40 anos de carreira em que me permiti sair da minha zona de conforto e apresentar algo que sempre quis fazer mas, por falta de coragem, e talvez porque o mercado é tão conservador que sair da linha original pela qual se é conhecido é quase um crime punível com críticas implacáveis e demolidoras”, explicou Sukuma na altura do lançamento.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.