Na República Democrática do Congo, o santuário Tchimpounga, também conhecido pelo nome de Centro de Reabilitação do Chimpanzé Tchimpouga, acolhe três novas residentes, que por mais de dez anos viveram em cativeiro em Angola. Rickita e Johana foram resgatadas de condições de cativeiro do quintal de um homem em Cabinda, norte de Angola, onde viviam ilegalmente com outros dois gorilas e três chimpanzés. Apenas Rickita e Johana sobreviveram. Por sua vez, Tina, com pouco anos de vida, foi resgatada das mãos de traficantes, que a mantinham na parte de trás de uma carrinha para a tentar vender no comércio ilegal.
Johana, que agora tem cerca de 14 anos, não pode ser abordada com segurança por humanos. O primata passou anos sem contato e nunca aprendeu a interagir com outros chimpanzés.
Rickita é apenas dois anos mais nova que Johana, mas tem dois terços do seu tamanho devido à negligência e desnutrição que sofreu. A sua gaiola demasiado pequena e ela passava os dias pressionada contra as barras enferrujadas, estendendo a mão para quem passasse por ela.
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Numa ação conjunta entre o governo de Angola, o Instituto Jane Goodall, Aliança Santuário Panafricano e o IFAW, as três chimpanzés vivem agora uma nova vida, longe dos maus tratos e num ambiente semelhante ao seu habitat natural, no Congo.
Após a chegada, cada um dos chimpanzés recebeu atendimento individual, exames médicos de rotina e desparasitação para garantir que começassem uma nova vida saudável. Rickita e Johana completaram recentemente o seu período de quarentena e a equipa está a trabalhar para integrá-las a outro grupo de chimpanzés, enquanto Tina será colocada junto de outros bebés.
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Numa publicação no Instagram, o Instituto Jane Goodall, do qual faz parte o santuário Tchimpounga, pede apoio para impedir que o coronavírus possa afectar estes animais.
“Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para proteger os chimpanzés sob os nossos cuidados, como a Tina, Rickita e Johana de um potencial contágio de covid-19, tal como todos chimpanzés selvagens e comunidades locais nos países africanos onde está o nosso programa. Como os seres humanos e os chimpanzés são muito parecidos, existe uma grande ameaça de transmissão entre as espécies. Embora ainda não tenham sido confirmados casos, os coronavírus anteriores já passaram entre os dois, bem como outras doenças respiratórias”.
Para apoiar a causa, basta aceder a shop.janegoodall.org/chimpguardian ou janegoodall.org/covid19-support.
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