Daniel Edgar Lufupa, conhecido no movimento Hip Hop como Troglobio Mc, nasceu em Angola, na província do Huambo, e reside no Brasil há dez anos. No último direto no Instagram da rubrica “Conexão Cultural”, o artista falou com Yuran Tinta sobre a sua trajetória na música no Brasil e fortalecimento da comunidade negra em São Paulo.
O seu início no rap deu-se no coletivo Biblioteca de Rimas, em 2005 em Luanda. O projeto juntava alguns amigos para rimarem sobre as suas vivências. “Andávamos com dicionários porque, na época, quem tinha a gramática menos rasa era o melhor, então eu não fugia disso”, explicou.
Em 2009, com a sua chegada ao Brasil, decidiu seguir a carreira a solo, produzindo os próprios instrumentais e assim continuar a sua arte. Até agora, Troglobio conta com quatro projetos, todos lançados digitalmente. Em 2012, o rapper participou no popular remix da música angolana “Fuba”, produzido por Dj Richelly.
Sobre a comunidade negra em São Paulo, onde vive, Troglobio contou a Yuran Tinta que “ainda precisamos de mais união entre nós e que a correria da Metrópole Paulistana atrapalha os planos de estarmos mais unidos”.
Apesar das barreiras com que vai esbarrando, o artista acredita na força cultural da comunidade e por isso “movimentar projetos e fazer música para levar uma mensagem de positividade” é quase como um dever que sente, explicou.
Troglobio juntou-se ao Mascote do AV para lançarem o single “Sotaque” que é um daqueles sons que fala sobre ser rapper estrangeiro, africano, negro e residente no Brasil e suas dificuldades de entrar non mercado do rap brasileiro não sendo um brasileiro.
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