Os Prémios Nova Geração, em Angola, estão de volta para a sua terceira edição. Desta vez, os jovens do corpo diretivo primaram por uma roupagem diferenciada das edições passadas, aumentando não só o número de categorias, como os prémios de mérito e acertando na própria forma como comunicam os conceitos em volta do projeto.
A primeira edição aconteceu em fevereiro de 2021 e contou com mais de 10 categorias, mais de 30 nomeados e uma interação com o público que lhes valeu alguma notoriedade. No ano seguinte, somaram-se mais de 450 mil votos em três semanas e o engajamento ao nível das redes sociais foi exponencial.
O evento trata-se de uma premiação e homenagem, focado nos jovens e nas distintas atividades em que estão inseridos, com vista a uma maior divulgação e expansão do nome e imagem dos novos artistas que se vão formando em Angola.
As categorias disponíveis vão desde música, humor, teatro, cinema, literatura, moda, influência digital, realização de eventos e sociedade. Para este ano, as novidades no leque de categorias, segundo o que nos foi avançado, estarão ligadas à comunicação social, desporto e à personalidade juvenil do ano.
Quanto aos critérios de seleção de quem participa, a organização do evento avançou à BANTUMEN que são tidos em conta três modos de atuação. O primeiro tem a ver com a voz de “Deus”, que é a voz do público. Ou seja, a organização procura recolher o máximo de interações possíveis de quem consome enquanto público “comum”, e daí surgem os primeiros palpites para o círculo dos selecionados. O segundo é composto por uma mesa de jurados, com especialistas em várias áreas do showbiz, que avalia segundo critérios mais profissionais. Por último, a própria organização (de cujo nome Voz Ativa) também junta do seu parecer e, em uníssono, elegem-se os participantes.
Edgar Salvador, um dos responsáveis pelo projeto, trocou impressões com a nossa redação a respeito da visão do evento em si. Para Edgar, os Prémios Nova Geração foram concebidos em resposta aos outros eventos de premiação já existentes em Angola. “Os eventos aqui eram mais para a old school e quase não se lembram da nova geração”, disse o responsável. “A nova geração é que tem
levantado a cultura, não tem como. Mesmo sem condições financeiras, mesmo sem produtora, mesmo sem grandes suportes, estamos aqui para fazer acontecer. Então, achei que a nova geração merecia esse reconhecimento. O que diferencia este dos demais projetos, é que este é mesmo só nova geração, aqueles que estão a vir agora e têm a garra de fazer acontecer. A iniciativa foi esta, tentar apagar um pouco este monopólio que é criado nos eventos de premiação do nosso país” sublinhou.
Edgar falou-nos também sobre a questão da inclusão e o pendor novidade que o evento traz. “Quando virem os cartazes, as pessoas vão perguntar, mas quem é esse? Nós queremos isso, queremos fazer com que as pessoas conheçam e não esquecer os do
guetto, porque são esses que fazem acontecer”, disse Edgar.
O início das votações está para breve, sendo que os concorrentes serão avaliados mediante votos do público em website oficial por anunciar. Datas específicas sobre a gala de premiação ainda não foram avançadas, mas podes estar atento/a às plataformas do projeto Prémios Nova Geração.
