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William Araújo, o One Man Show com um talento que reúne consenso

William Araújo
William Araújo

Aos 17 anos, tocava vários instrumentos e a sua capacidade para compor já era tida como fora do normal. Esse talento chamou a atenção de Sebastian dos Santos, que o convidou a integrar o lendário grupo cabo-verdiano chamado Mobass, e o resto da história quase todos conhecemos.

William Araújo é o que se costuma chamar de one man show. Escreve, toca e produz e tudo com uma qualidade reconhecida por grandes artistas cabo-verdianos e não só. Trabalhou na produção e composição de mais de 70 músicas de artistas como Grace Évora, Johnny Ramos, Nelson Freitas, Nilton Ramalho, Djey Ramos, Philipe Monteiro, Melissa Fortes, Neuza, Dina Medina, Sara Tavares, entre muitos outros. 

Foi em 2005 que William, na altura com 21 anos, estreou-se como artista a solo, com o lançamento de William 0-21. O projeto assinalou a sua carreira enquanto cantor. Três anos depois, lançou o segundo álbum, Re-Quest, sob o novo selo Ghetto Zouk Music, de Nelson Freitas.

O artista cabo-verdiano radicado na Holanda passava muito tempo em estúdio com grandes cantores, o que alimentava e estimulava os seus processos criativos, resultando em trabalhos como Stereo-Life, o seu terceiro álbum de estúdio, lançado em 2013. O projeto foi indicado a Melhor Álbum Electrónico, nos Cabo Verde Music Awards. No ano seguinte, o artista acabou por vencer o galardão de Melhor Música Eletrónica, com “Lenha na Lume”, de DJ Franklin Rodrigues & Andy Callister, e em 2016 voltou a ser nomeado, na mesma categoria, com o single Moral.

Depois de lançar “TRA” com Elji Beatzkilla e “Grogueboyz”, em 2018, William assinou com a Raçamau Entertainment. Já com o selo da nova editora lançou RED, o seu último álbum.

Em exclusivo para a BANTUMEN, William explicou que RED foi um álbum que fez “com muita calma”, visto que já estávamos em tempo de pandemia. “Estava muito focado em contar a minha história mas mostrando a evolução na minha música. O significado de RED é realizar, por isso quis fazer as outras pessoas felizes [enquanto ouvissem o álbum] e acho que consegui”, disse-nos.

Tentar definir o estilo musical de William Araújo é uma tarefa inglória. O que produz e compõe é um cocktail onde mistura a música cabo-verdiana com afropop, R&B, hip hop e dance music. O facto de ter trabalhado com tantos artistas ao longo da sua carreira, fez com que perceba para onde quer ir e como o fazer. Sabe que as colaborações são importantes e, quando as decide fazer, o mais importante é a vibe que se faz sentir. Para o álbum, William sente que trabalhou e colaborou com as melhores pessoas, com quem existia amizade e conexão, o que “depois resultou em algo natural entre nós para criar música”.

A prova disso foi o single “Suleban”, que foi gravado sem que se pensasse que seria um hit. Lançado há 9 meses, a música conta com mais de cinco milhões de visualizações. “No último dia de gravação do videoclipe, disse que era um bom som, mas para o Djodje e o Dynamo não, eles disseram que ia ser o som do ano e assim tem sido”, confessou-nos entre risos.

A maior parte do álbum foi feita entre Holanda e Portugal, com a calma característica de William. O único objetivo era o foco em fazer músicas. Não tinha ideia de um single ou de ter músicas que fossem dançantes ou ficassem na cabeça. Só queria fazer algo orgânico, sem stress e sem pensar em nada além de criar música.

Neste momento William Araújo tem trabalhado em novos projetos e tem um novo single intitulado “OMG”, com uma vibe dançante e que promete mais trabalho ao longo deste ano. 

Faz play abaixo para veres a entrevista vídeo e saberes mais sobre o artista.

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Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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