Khronic, nome ancorado à essência original do movimento hip hop em português, feito a partir de Moçambique, acaba de lançar Linha do Tempo, o seu terceiro álbum de originais.
O primeiro volume deste projeto conta com participações de importantes artistas do universo lusófono, como os conterrâneos Duas Caras, Hernâni da Silva e Mark Exodus; o guineense Mikas Cabral, os portugueses Mundo Segundo e Fuse e o cabo-verdiano Ga daLomba.
Nos Estados Unidos, Khronic aliou-se a pilares da cultura como Masta Ace (uma das principais influências de Eminem), M.O.P. (dupla composta por Billy Danze e Lil’ Fame) e Outlawz (grupo que ganhou protagonismo ao trabalhar em vários projetos de 2Pac, inclusive póstumos).
Com três faixas promocionais já lançadas – “Dar as Mãos” feat Mikas Cabral, Zero Ego feat Mundo Segundo & Fuse e “Espírito Livre II” feat Rage -, o disco apresenta 13 faixas e é a representação cronológica, no sentido vertical, do desenrolar da história do ser, do seu processo de desenvolvimento e guinadas na estrada da vida, desde o nascimento à morte. Sobre esse último processo da vida, entendido também como desencarnação por diferentes correntes espirituais, a obra reflete igualmente o fim da missão no plano tridimensional,para uma pressuposta evolução ou regressão, de acordo com as suas ações no mundo carnal.
Baseado em diferentes ensinamentos e pesquisas, Khronic assume nesta Linha do Tempo que há uma razão fundamental para a existência que é, na melhor das hipóteses, a reforma íntima e, na pior, a transformação do carácter. Portanto, tudo o que é adquirido tanto ao nível material ou não, tem como objetivo principal auxiliar o Ser no seu processo evolutivo.
Apesar de toda a reflexão à volta desta nova obra musical, o seu conteúdo não visa apresentar um modelo ou uma fórmula existencial em si, assumindo que há várias formas de vivenciar uma jornada. Neste álbum são apresentadas ferramentas de auto desenvolvimento que podem ajudar a responder à altura às propostas de transformação que a vida vai criando. “As situações da vida, quer sejam elas boas ou más, visam despertar no Ser a necessidade de transformação e reforma íntima. O distanciamento ou a resistência ao que a existência em si nos sugere aspectos a serem trabalhados, torna – se repetitivo até que a lição seja acolhida, aprendida e integrada”, explica o rapper.
As colaborações internacionais do disco fazem parte de uma estratégia criada com o objetivo principal de celebrar a cultura que a todos os intervenientes é transversal mas, acima de tudo, são participações de artistas que Khronic admira e desde sempre acompanhou.
A produção deste Linha do Tempo – que terá desenvolvimento com o lançamento do seu segundo volume – leva as assinaturas de Polegar Beatz, Hermetiko, Menfis_Segundo Piso, Edy Mc e do próprio Khronic.
O álbum está disponível para audição em todas as plataformas de streaming.
