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Como estão os governos africanos a lidar com o Covid-19?

Com a epidemia do Covid-19 a afetar maioritariamente países da Europa, o que estão os governos africanos a fazer para prevenir a propagação em massa do vírus?

O número de pessoas infetadas pelo Covid-19 têm aumentado a cada dia no continente africano, e com isto, os governos têm instituído novas medidas de prevenção de forma a minimizar o risco de contágio.

A Argélia já acusou 24 casos, o número mais alto dos poucos países com doentes infectados com o Covid-19 no continente. O governo daqueles país magrebino decidiu reagir e decretou a abertura de instalações sanitárias extra. “Decidimos abrir novas instalações de saúde regionais em Constantine e Ouargla porque assim, se alguém for infetado pelo vírus, não será obrigado a viajar 900 kms.”

Já o governo de Marrocos suspendeu, no dia 12 deste mês, o tráfego aéreo e marítimo com Espanha, um dos países europeus com números de infetados mais elevado.

Até à data de hoje, foram detetados 273 casos em 26 países africanos: África do Sul, Egito, Etiópia, Gana, Guiné Conacri, Kênia, Reino de Esuatíni, Mauritânia, Sudão, Namibia, República centro-africana, Namibia, Senegal, Ruanda, Seicheles, Congo, Argélia, Burkina Faso, Camarões, Costa do Marfim, Marrocos, Nigéria, República Democrática do Congo, Togo, Tunísia e Gabão.

Os PALOP ainda não registaram casos de Covid-19, mas a preocupação dos governos tem estado a aumentar, visto que Moçambique faz fronteira com um dos países africanos afetados, a África do Sul.

Em conversa com a Lusa, a representante da Organização Mundial da Saúde em Moçambique, Djamila Cabral, explica que “o país já tem muitos problemas de saúde que tem de enfrentar todos os dias, isto [covid-19] é um acréscimo na pressão sobre o sistema de saúde fraco e sobrecarregado”, disse. Contudo, também esclarece que já estão a ser tomadas medidas de precaução.

Angola tem desenvolvido novas estratégias de medidas de controlo nos principais pontos de entrada do país. Já proibiu a entrada de cidadãos estrangeiros vindos da China, epicentro da covid-19, Coreia do Sul, Irão, Itália, Nigéria, Egito e Argélia, países que contam com casos registados de coronavírus. 

Cabo Verde também está livre da pandemia e o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva decidiu prologar a suspensão dos voos de Itália para Cabo Verde até 30 de abril e “vigilância apertada” em viagens que originem de França, Portugal e Espanha.

Os eventos também foram prejudicados em Cabo Verde, depois de o governo ter anunciado que serão cancelados até 30 de junho todos os eventos internacionais no país, que reúnam demasiados participantes oriundos de países assinalados com a epidemia.

Na Guiné-Bissau, o governo suspendeu todas as atividades que possam incluir grandes quantidades de pessoas.

Em São Tomé e Prínicipe, o governo ainda não tomou medidas que provocassem mudanças imediatas, mas confirmou ter todas as informações dos cidadãos que entram no país e que estão a fazer o devido seguimento.

O coronavírus já infetou pelo menos 169 mil pessoas em todo o mundo, e resultou na morte de 6.494 pessoas.

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