PUBLICIDADE

MIA 2024

“Nôs Líder” Gil Semedo esgota Coliseu com 30 anos de sucessos

19 de Março de 2023
“Nôs Líder” Gil Semedo esgota Coliseu com 30 anos de sucessos

Partilhar

Na passada sexta-feira, 18, Gil Semedo deu um espetáculo memorável, para si e para a plateia que acorreu ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

Depois de vários anos sem dar um concerto em nome próprio, e agora sob a alçada da produtora Klasszik, quatro mil pessoas esgotaram a lotação do espaço para ver atuar aquela que foi a primeira popstar Cabo-Verdiana deste milénio.

Gil Semedo é um ícone reconhecido e adorado de uma ponta a outra da comunidade dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. O seu nome desperta um sentimento de nostalgia que nos transporta a memória para os anos ’90 e início de 2000, onde os smartphones não preenchiam as nossas mãos e o “olho no olho” ainda era a melhor forma de nos relacionarmos. Um tempo onde as festas de família se faziam da hora do almoço até ao amanhecer (regado a caldo de ovo para acalmar os estômagos de quem de alegria, e algum álcool, se deixou emborrachar).

Mesmo volvidos vários anos desde que presenciámos a febre deste entertainer – assumido fã incondicional de Michael Jackson, em quem se inspirava na forma de vestir, dançar e atuar e por isso era chamado na época de “o Michael Jackson cabo-verdiano – há em Gil Semedo uma aura de humanidade e humildade – além do inegável talento, claro, – que continua a atrair massas.

Com o apoio da colossal Klasszik, Gil deu neste final da semana um concerto digno de grandes palcos internacionais, a começar pela entrada. Depois de um desfile de vários artistas lusófonos, como DJ Manera, cujo início de carreira aconteceu com Semedo, há 30 anos – Tony Pirata, Jerson Santos, Dj Walgee, Garry, Edgar Domingos e Ga Dalomba, Gil subiu no palco do Coliseu entre dois anjos e toda a sua equipa vestida de branco. Entre o júbilo da plateia, o artista desceu a escadaria do palco, pé ante pé, serenamente, e do fundo da sua garganta ouviu-se o já conhecido “Nhôs líder ki ta manda!” (o vosso líder é que manda, traduzido do crioulo).

O alinhamento passou por todos os clássicos dos álbuns Bodona, nos Líder e Dedicaçon.

Para ajudar a fazer a festa e cantar as suas músicas mais memoráveis, Gil ladeou-se dos melhores, como Dina Medina, Dino D’Santiago, Djodje, Nelson Freitas, Calema (com quem cantou a nova música “Gostu Sabi”), Mito Kaskas e o seu irmão Vado.

O fim do concerto – que a julgar pelo ambiente e vontade do público poderia prolongar-se pela madrugada adentro – chegava com “Obrigado”, e, claro, “Maria Júlia”, o hit de todos os seus hits.

Esta celebração dos 30 anos de carreira do artista foi a prova de que o público está pronto para continuar a receber o talento de Gil, seja com música nova ou com shows para recordarmos as antigas.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para redacao@bantumen.com.

bantumen.com desenvolvido por Bondhabits. Agência de marketing digital e desenvolvimento de websites e desenvolvimento de apps mobile