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“O papel do cinema na construção da nação” é o tema da III Edição do DjarFogo International Film Festival, que terá lugar nas ilhas Fogo e Santiago, Cabo Verde, de 6 a 12 de novembro. A premiada produtora independente Txan Film Productions & Visual Arts, sediada em Los Angeles, Califórnia, e nas ilhas de Cabo Verde, fundada e dirigida por Guenny Pires, cineasta, antropólogo e professor de artes visuais cabo-verdiano, em parceria com a Mount Saint Mary’s University/Hollywood Studio Campus e a Fundação Amílcar Cabral, apresenta o DIFF, uma celebração multifacetada de cinema e cultura ao longo de sete dias.
O evento incorpora um Festival Internacional de Cinema, um Africa Film Lab/Mentoria de Cinema e Intercâmbio Académico e Cultural. Desde a receção no tapete vermelho até ao Africa Film Lab/Mentoria de Cinema, passando pela exibição de filmes, exposições de artes visuais, performances ao vivo, comida africana, desfile de moda, Mercado Internacional de Cinema de Cabo Verde e Cinema Juvenil, a semana do festival oferece visões sociais e criativas excecionais que envolvem o público em discussões e promovem oportunidades de conexão entre artistas e amantes do cinema.
A cada ano, desde 2021, o DIFF tem exibido mais de 100 novos filmes de alta qualidade dos EUA, África, Caribe, América do Sul, Europa, Pacífico Sul, Canadá e, cada vez mais, Ásia. Este ano, a edição contará com a exibição de 125 filmes, provenientes de 82 países, incluindo 7 de Cabo Verde e da diáspora, selecionados entre 1005 filmes submetidos.
Dos 125 filmes que serão exibidos, 25 foram escolhidos para premiação por um júri notável de diferentes países, presidido por Chike Nowffiah, cineasta e consultor de artes nigeriano, também diretor do Silicon Valley African Film Festival (SVAFF).
O DIFF terá início oficialmente com a presença do Presidente da República, José Maria Neves, que receberá os cineastas na Uni-CV, a universidade, na cidade da Praia, juntamente com outros representantes do Governo e o Ex-Presidente da República, o Comandante Pedro Pires. Haverá outras atividades na Fundação Amílcar Cabral, no Palácio do Governo, no Centro Cultural Português e outros importantes centros de sinergias culturais e artísticas.
Como parte do programa, haverá também um workshop de produção cinematográfica chamado HANDS-ON, ou seja, com componente prática, abordando temas como pré-produção, produção, pós-produção e distribuição; e masterclasses com cineastas convidados de diferentes países, tanto na cidade da Praia, Santiago, como em 4 liceus e no Centro Cultural Armand Montrond, em São Filipe, Ilha do Fogo; Reserva Mundial da Biosfera aprovada pela UNESCO em 2020.
Desfrutar da beleza das ilhas, da natureza, da envolvência cultural e artística e criar uma rede de contactos pode ser um excelente convite para participar, num evento que está aberto a todos, sejam profissionais da área ou não. A inclusão é uma missão central para toda a equipa de organização e divulgação. Sendo um Festival sem fins lucrativos, dependendo de apoios e parceiros, não tem comprometido o que promete, mantendo a visão de contribuir para que o Cinema Africano se posicione no palco mundial.
O DIFF23 prestará uma homenagem especial a Sarah Maldoror, uma das primeiras mulheres a realizar um longa-metragem em África. Sambizanga, 1972, é a sua obra mais destacada, um filme franco-angolano-congolês do género drama, realizado por Sarah Maldoror, com base na novela A Vida Verdadeira de Domingos Xavier do autor angolano José Luandino Vieira. A filha da cineasta Maldoror, Henda Ducados, estará presente no dia de abertura para uma palestra.
O fundador e diretor executivo do Festival, o cineasta e professor de artes visuais Guenny Pires, nascido na ilha do Fogo e sediado em Los Angeles, EUA, referiu em conferência de imprensa que o festival é também inspirado nas mensagens e ensinamentos de Amílcar Cabral, e pretende promover e resgatar histórias da gente local e aspirações de cineastas africanos.
Um dos principais objetivos do DIFF é envolver os jovens locais no desenvolvimento de competências criativas e promover histórias e imagens num contexto africano através de vários meios criativos, como filmes, artes visuais e apresentações culturais. O DIFF procura melhorar e afirmar a identidade cinematográfica de África, ao mesmo tempo que capacita os seus jovens através do programa Africa Film Lab/Filmmaking Mentorship. É organizar um festival de filmes africanos e da diáspora de classe mundial e dar ao público acesso à riqueza, diversidade e vitalidade das apresentações criativas de África; aumentar a literacia cultural ao organizar conversas pós-exibição, para que o público possa interagir com cineastas africanos sobre questões de importância individual, local e internacional.
Como referido em outros artigos da BANTUMEN, este é um festival diferenciado no cenário do Cinema em Cabo Verde, que oferece diversas outras atividades artísticas e culturais para além de filmes, fomentando ainda o Turismo; a edição de 2023 contará com o primeiro Mercado Internacional de Cinema de Cabo Verde, no dia 7 de novembro, e em toda a programação voltada para o DIFF23 promover-se-á o intercâmbio de ideias e parcerias entre a indústria cinematográfica americana e africana e profissionais de serviços aliados.
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