Serge Abraham Thaddée, 26 anos, é o jovem programador e empreendedor da Guiné-Conacri por trás de um jogo inspirado em heróis africanos, “African Heroes”.
Um independentista guineense da década de 1950, um movimento de resistência contra o colonialismo ou o rei Chaka Zulu, são alguns dos intervenientes de “African Heroes”.
Thaddée trabalha nas suas criações virtuais na sua incubadora de startups Saboutech, em Dixinn, uma das sub-regiões da capital da Guiné-Conacri, construída pelo empresário e bilionário francês Vincent Baloré.
L’Afrique des grands Hommes, cette Afrique où règnent la tradition, l’honneur et le respect; c’est ELLE que nous prônons.
— African Heroes (@heroes_african) September 30, 2019
Incarner un héros Africain et préparez vous pour l’Affrontement final avec le mode HONNEUR.
Tous les détails seront exposés le 12 octobre au ccfg pic.twitter.com/YhOrLpLkyR
“African Heroes” foi apresentado ao público em outubro de 2019 e é um videojogo que destaca a cultura ancestral africana através da resistência colonialista e heróis da independência e está subdividido em vários modos. O primeiro, “Destiny”, conta a história de M’Balia Camara, uma ativista morta durante as lutas pela independência da Guiné-Conacri em 1955.
Na sua vida virtual, a luta da heroína visa encontrar a famosa máscara Nimba – oferecida ao presidente Ahmed Sékou Touré em 1960, antes de ser roubada e depois encontrada -, forçando-a a batalhar com certos personagens, como a deusa das águas, Mami Wata. Também encontramos Samory Touré, fundador do império Wassoulou, e Zebela Togba Pivi, outra famosa resistência ao colonizador francês.
"Ce n'est pas le jour du combat qu'on aiguise sa lance"
— African Heroes (@heroes_african) February 3, 2020
Proverbe africain ❤️#heroes pic.twitter.com/eNsMGq4gF4
O segundo modo, “Honra”, coloca o jogador em contato com os maiores guerreiros de África e oferece a possibilidade de jogar com outras pessoas, através de um sistema Bluetooth. Seguindo os passos do historiador senegalês Cheikh Anta Diop, Serge encenou faraós negros do Egipto e ressuscitou o rei Chaka Zulu. “Estamos a trabalhar para tornar o “African Heroes “universal e concorrer com produções ocidentais. Tentámos tornar os cenários o mais realistas possível e destacámos os grandes heróis africanos que realmente existiram “, disse o cientista da computação à Jeune Afrique.
Serge é formado em Engenharia da Computação pela International University College, uma instituição privada em Conakri, e tem uma especialização em animação 3D.
A sua equipa é formada por jovens estudantes do ensino secundário e três profissionais especializados em tecnologias de programação e animação.
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