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Carnaval: Colombina Clandestina vai “pintar Lisboa de rosa”

ombina Clandestina | @hai.adur
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O maior Carnaval de Bloco de Rua fora do Brasil sai à rua a 10 de fevereiro com o tema, “A Cor É Rosa”, para celebrar a diversidade e a inclusão.

A Colombina Clandestina, coletivo lisboeta que une a arte ao ativismo, organiza o maior Carnaval de Bloco de Rua fora do Brasil desde 2017. Este ano, o cortejo terá lugar no segundo sábado de fevereiro, dia 10, com início marcado no Mercado de Sapadores – de onde prosseguirá pelas ruas da Graça, numa euforia musical, de dança e artes circenses. Com um público cada vez mais consolidado, o Carnaval da Colombina Clandestina junta dezenas de milhares de pessoas nas ruas de Lisboa para reivindicar a liberdade de ocupação artística no espaço público. Este ano, o coletivo apresenta-se com o tema, “A Cor É Rosa”, num ímpeto de resistência festiva contra a sociedade dualista do “preto e branco”.

O grupo, assumidamente “artivista”, afirma o compromisso com a defesa dos seus pilares fundadores – a igualdade de género, o direito à cidade e a diminuição das desigualdades sociais através da inclusão e do diálogo multicultural. Com uma forte presença nas faixas etárias jovens e nos grandes centros urbanos, a comunidade Brasileira é o maior grupo imigrante em Portugal, contando com quase 400 mil residentes. Numa altura de crescente polarização política, as narrativas chauvinistas, racistas e homofóbicas emergem do subterfúgio da sociedade, instalando-se num senso comum popular. O medo e o ódio ganham espaço numa realidade social cada vez mais atomizada. Num deserto de experiências de pertença comunitária, a lógica do “nós contra eles”, encabeçada pelo nacionalismo racista, prolifera. A violência xenófoba e racista é uma consequência da desintegração do tecido comunitário nas nossas sociedades.

A Colombina acredita que a arte popular tem um papel privilegiado na disputa cultural, surgindo da dialética entre liberdades individuais e coletivas. A criação de comunidade está na essência das suas práticas artísticas, procurando subverter narrativas de identidade e pertença, através da performance colectiva em público. Com uma mobilização crescente em vista ao cortejo de Carnaval, a agenda da Colombina inclui momentos de ocupação do espaço público – as Ocupa a Rua! – nos dias 28 de janeiro e 4 de fevereiro, indo contra o enquadramento da CML de que o Carnaval não é uma manifestação política. No próximo domingo, dia 21, a Colombina Clandestina organiza o maior evento de pré-Carnaval da cidade, “Ensaios da Colombina”, que terá lugar no Village Underground Lisboa, das 14h às 22h. O dia de festival conta com diversos concertos e DJs SETs de música brasileira, King Kami, Coletivo Gira e Camila Rondon. O período de eventos subjacente ao Carnaval de 2024 termina na noite de 10 de fevereiro com o Baile da Colombina, que terá lugar na Voz do Operário, à semelhança de anos passados.

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