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Mais ricos de África gastam cada vez mais em arte e ecoturismo

As obras de arte sul-africanas ocupam um lugar de destaque entre os artefatos mais procurados pelos mais ricos de África, aponta o relatório Africa Wealth Report 2023 da Henley & Partners, agência britânica especializada na obtenção de residência e cidadania através de investimento. Entre os itens mais valiosos estão peças de artistas como o escultor Sydney Kumalo (1935-1988) e Gerard Sekoto (1913-1993), conhecido como o pai da arte negra sul-africana.

O relatório aponta que artistas de outras partes do continente também estão altamente valorizados. O escultor ganês El Anatsui (79) e a pintora etíope Julie Mehretu (52) têm obras que despertam grande interesse. O investimento em arte também se estende a peças de artistas, como os pintores etíopes Alexander Boghossian e Ben Enwonwu da Nigéria, o pintor marroquino Hassan El Glaoui e o pintor egípcio Omar El Nagdi, cuja pintura “Sarajevo”, de 1992, foi vendida por mais de 800 mil euros em 2016.

Além do mercado da arte, a Henley & Partners indica que os ultra-ricos africanos gostam de explorar o ecoturismo do continente. Os resorts mais procurados estão na África do Sul, Namíbia, Tanzânia, Quénia, Botsuana, Uganda e Ruanda. Os animais que mais os atraem são os chamados 7 Apex: leopardo africano, chita, lobo etíope, caracal, leão, águia coroada e águia marcial. “Como principais predadores de topo do continente, estas espécies também funcionam como indicadores da saúde dos vários habitats de África (desertos, florestas, montanhas e savanas). A águia coroada, por exemplo, é amplamente vista como um barómetro vital para a condição das florestas africanas, enquanto a águia marcial é usada para avaliar o estado das savanas. “A maioria dos Apex 7 está atualmente listada como em perigo ou vulnerável. Proteger estas espécies protege indiretamente muitas outras que compõem a comunidade e a riqueza natural ecológica de África,” afirma o relatório.

A sublinhar que, 52 bilionários no continente nasceram em África, embora apenas 23 ainda lá vivam. A maioria são residentes sul-africanos.

O Africa Wealth Report 2023 menciona também Angola como um dos países africanos em crescimento económico, com 2.400 milionários (1.800 a viver em Luanda), quatro centi-milionários e sem registo de bilionários. O documento também refere o potencial de Angola como um mercado em crescimento e e em ascensão na região. O mesmo acontece com Moçambique, que é também apontado como um dos países em crescimento económico. No país vivem 1.100 milionários e 2 centi-milionários. Além disso, o relatório ressalta que Moçambique é um dos destinos de férias de luxo para famílias de alta renda, para destinos de safári como o Parque Nacional da Gorongosa, e que desempenha um papel importante no setor de ecoturismo, oferecendo uma rica diversidade de recursos naturais e vida selvagem.

E ainda, espera-se que a Namíbia seja um dos mercados de crescimento mais rápido em África, com um crescimento de alto poder aquisitivo previsto de mais de 60% para a próxima década (até 2032). As ilhas Maurícias são apontadas como um dos principais casos de sucesso do continente, tendo atraído um grande número de pessoas ricas durante a última década. Além disso, muitos milionários nascidos localmente despontaram à medida que a economia cresceu. A República da Maurícia é agora o lar de aproximadamente 4.900 indivíduos de alto património líquido, em comparação com menos de três mil de há uma década.

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