Gisela Casimiro apresenta-nos “O que perdi em estômago ganhei em coração”, uma exposição que tem por base um livro de poesia, que poderá ser visitada até à segunda semana do mês de julho, em Lisboa.
Para esta sua primeira exposição individual, a artista, escritora e ativista, natural da Guiné-Bissau, usou como base o seu livro de poesia Erosão, para abordar temas como o racismo, o corpo ou o terrorismo.
A exposição, que pode ser vista no espaço O Armário, em Lisboa junto à Basílica da Estrela, conta com a curadoria de Ana Cachola. “O que perdi em estômago ganhei em coração” tem preocupações éticas e estéticas e pretende analisar as tensões contemporâneas, identificando-se como um projeto que tem a ver com o querer das mulheres e que apresenta mulheres artistas feministas.
O evento teve início no mês de março e deveria terminar no dia 22 de abril, mas, devido à pandemia de COVID-19, vai encerrar apenas no dia 15 de julho. Até lá, pode ser vista todas as quartas-feiras, a partir das 15 horas ou em outros dias com pré-agendamento. Abaixo tens o vídeo de uma pequena entrevista à artista sobre a exposição.
O livro de poesia Erosão, publicado no final de 2018 pela Urutau, ganha destaque nesta exposição com o poema. Ouve acima o podcast onde a artista fala-nos da sua obra que reúne “pequenas receitas para a sobrevivência”.
O interesse de Gisela pela escrita e pela ação de contar histórias surgiu muito cedo, quando ainda estava a aprender a ler. “Recordo-me de um livro de histórias dos irmãos Grimm, que ainda tenho em casa dos meus pais e pensado ‘é isto o que eu quero fazer’. Foi muito claro desde o início o que eu queria ser.”
Erosão aborda sobretudo questões universais, amor, terrorismo, racismo, espiritualidade, entre outros, e passa também pelo processo de aceitação da pessoa enquanto negra, numa perspectiva inspiradora.
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