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1.º dia de Tremor com presépios de Lapinha e Jards Macalé

Jards Macalé na 11º edição do Tremor / Foto: BANTUMEN
Jards Macalé na 11º edição do Tremor / Foto: BANTUMEN

Arrancou nesta terça-feira (19) mais uma edição do Tremor, onde a ilha de São Miguel é o palco principal, com concertos e iniciativas a acontecer em lugares inusitados. Esta 11ª edição volta a propor um conjunto de espaços de residência e novas ideias para que, através da música e da arte, as pessoas possam pensar novas formas de ler e viver o património açoriano e não só. 

Na programação, que se prolonga até sábado, 23, “haverá concertos, dentro e fora de portas, momentos surpresa, as tradicionais caminhadas sonorizadas e performativas do Tremor Todo-o-Terreno, conversas e outros espaços de encontro. Voltaremos a trabalhar ao lado de músicos, artistas visuais, diferentes comunidades associativas do arquipélago e cidadãos para a criação de espectáculos únicos. Continuaremos a apostar na discussão e experimentação em diferentes áreas do conhecimento, para que se possa pensar o festival de um modo mais sustentável e surpreendente”, indica a organização.

Antes dos concertos, começamos por ver a exposição Reinterpretando Arte Bonecreira e Presépios de Lapinha, que remonta à segunda metade do séc. XIX, altura em que aparecem as primeiras oficinas de produção destas pequenas figuras de barro, na cidade de Lagoa, em São Miguel. Os bonecos, construídos com recurso a molde e posteriormente aperfeiçoados à mão, são cozidos e, depois, pintados com o cuidado de realçar detalhes como roupas, expressões faciais e acessórios. São uma forma de expressão cultural valorizada e apreciada pelos artesãos locais.

Passamos assim para a primeira atuação da noite, a única que não queríamos perder, com Jards Macalé. O artista, ator, cantor, músico e compositor brasileiro, com 81 anos, terminou no Tremor uma tour de 80 concertos.

Peça central do cenário cultural brasileiro desde a década de 1960, Macalé levou para o palco a energia e o espírito inabalável de rebelião artística que marcam a sua música. Do alto dos seus 81 anos, Jards Macalé apresentou-se, como sempre, feliz por poder cantar e tocar. Pelo meio, tivemos a oportunidade de homenagear Gal Costa, com quem o artista partilhou palcos e estúdios desde a década de 60.

Entretanto, até sábado, pelos diferentes palcos, passarão mais de 40 artistas e projetos musicais de várias partes do mundo. De Portugal, Japão, Congo, Brasil, Angola entre outros, o Tremor vai receber Lavoisier, Romperayo, La Jungle, Landrose, Rezgate, Sarine, Colleen, Hetta, DEAFKIDS, Faizal Mostrixx, Kate NV, Saya + Bárbara Paixão, DJ Haram, DJ Lynce, Poison Ruïn, Cole Pulice, Pedro Sousa + Filipe Felizardo, Glockenwise, PoiL Ueda, Lambrini Girls, La Flama, Marie Davidson, ZenGrxl, SUZANA, Prison Affair, Rozi Plain, Azia, P.S.Lucas, Holy Tongue, Rastafogo, Deli Girls, Estrela, Zancudo Berraco, MAQUINA e Meritxell de Soto.

E, como se o cartaz não fosse convite suficiente, há ainda que desfrutar dos passeios à descoberta dos must sees da ilha de São Miguel.

A sublinhar que, o rapper Sam the Kid, vai estar presente no campo das residências artísticas, em colaboração com mais de 20 estudantes da Escola de Música de Rabo de Peixe e 11 MCs açorianos, para juntos explorarem o hip hop. O projeto resultará numa performance que será apresentada quinta-feira, no porto de pescas de Rabo de Peixe.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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