No último sábado houve um evento que fez parar o mundo do entretenimento nos Estados Unidos da América. O ator, diretor e produtor Tyler Perry inaugurou o seu estúdio de cinema com pompa e circunstância, na presença das maiores celebridades afro-americanas do país, não fosse este o maior estúdio de Hollywood e que pertence a um negro.
Oprah Winfrey, Samuel L. Jackson e Halle Berry, Beyonce, Jay-Z, Sidney Poitier, Ava DuVernay, entre outros famosos, presenciaram o cortar da fita deste gigante estúdio de 134 hectares na cidade de Atlanta. Para realizar este projeto, Tyler Perry contou com o apoio de pesos pesados da indústria como Spike Lee e Cicely Tyson.
“Penso que em tudo o que já fzemos, em tudo o que fazemos, ainda estamos tentar motivar e inspirar as pessoas”, disse Perry, que já foi sem-abrigo.
O Tyler Perry Studios é maior que o Burbank, na Califórnia, o Walt Disney Studios e o Paramount Studios da Warner Bros.
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“A minha audiência e as histórias que conto são afro-americanas, específicas para um determinado público, específicas para um determinado grupo de pessoas que conheço, com quem cresci e falamos uma língua”, disse o ator que se considera ignorado pela indústria cinematográfica de consumo.
“Hollywood não fala necessariamente a nossa língua”, disse ainda. “Muitos críticos não falam esse idioma, então para eles é como: ‘O que é isso?'”.
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Perry acumulou centenas de milhões de dólares através de receitas de bilheteria de filmes, bem como dos seus programas de televisão e peças de teatro.
“Todos os negros que vêm trabalhar aqui dizem: ‘Oh, meu Deus, é o paraíso, estamos lá, estamos representados’. LGBTQ representado. Preto, branco, gay, hetero, tanto faz. Estamos todos representados, a trabalhar de mãos dadas, de braços dados”, afirmou Perry.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.