Ainda há alguns dias a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa recebia a notícia – há anos aguardada – sobre o acordo de mobilidade entre os Estados membros, que pode representar uma mudança significativa na relação social, económica e financeira das suas populações, à semelhança do que acontece com o acordo Schengen da União Europeia. Não vamos falar aqui sobre esse acordo em particular, mas sobre “Visto Permanente, um projeto artístico multidisciplinar em exibição no Casal da Boba (Amadora, Portugal) que retrata a experiência de 12 artistas imigrantes em Portugal.
Com o seu início em São Paulo, “Visto Permanente”, reflete sobre a transformação dos fluxos migratórios para exigir umaa reconstrução dos discursos sobre as identidades migrantes e sobre a própria identidade das cidades por onde passa, considerando as novas comunidades e culturas que têm uma presença inalienável na cidade.
Assim, e com o apoio da DGArtes, a associação Cavaleiros de São Brás vai receber esta sexta-feira uma exibição decorrente de encontros com 12 artistas imigrantes de diferentes culturas, resultando em 12 obras inéditas que contam com performances artísticas, as suas trajetórias, memórias e experiências em Portugal.
Naquela que é a sua segunda edição por terras lusas, o evento vai contar com a exibição de vídeos das Batucadeiras Bandeirinha, Irina Vasconcelos, Maíra Zenun e Katuta Branca.
“Parece-nos fundamental propor espaços para que se possa ser problematizado e debatido o lugar de imigrantes e refugiadas/os como sujeitos políticos e ativos, possuidores de direitos e capazes de produzir e recriar a sua própria realidade, identidade e cultura”, podemos ler no site do projeto.
O acervo vai estar disponível a partir das 19 horas, com entrada livre, na Associação Cavaleiros de São Brás, na Rua Largo da Boba.