A arte contemporânea africana ganha destaque na Europa com a inauguração da primeira exposição Afrikanizm em Portugal, intitulada “Afro-Renaissance”. Este termo foi criado para expressar um renascimento cultural, intelectual e artístico nas comunidades afrodescendentes em todo o mundo. O movimento procura revitalizar e celebrar a herança cultural africana, promovendo a consciência e a valorização da história, identidade e contribuições dos povos africanos e afrodescendentes para a sociedade global.
A exposição terá lugar entre 4 de maio e 2 de junho, na Quinta da Fidalga, no Seixal, e contará com a participação de nove artistas contemporâneos africanos, exibindo mais de 60 obras de arte selecionadas por João Boavida, CEO da Afrikanizm.
A Afrikanizm Art foi fundada em agosto de 2021 e é a primeira startup angolana com impacto social dedicada à promoção e venda online de arte contemporânea africana. A plataforma procura responder a várias necessidades dentro da comunidade artística, desde a promoção dos artistas africanos até ao acesso dos amantes da arte a peças autênticas e originais. Acredita-se no poder da arte para transcender fronteiras, promover o intercâmbio cultural e enriquecer as nossas vidas com beleza, significado e profundidade cultural.
Atualmente, a Afrikanizm conta com mais de 100 artistas africanos de cerca de 16 países, e oferece pagamentos online, permitindo que a arte destes artistas seja vista, comprada e remunerada de forma justa e igualitária, como em qualquer galeria de arte em países com maior tradição em transações artísticas.
A plataforma foi concebida para garantir a sustentabilidade financeira dos artistas, bem como a sua profissionalização e a atribuição das ferramentas necessárias para a exportação das suas obras, sem deixar de lado a construção de uma cadeia de valor para a valorização dos artistas e do segmento da arte contemporânea africana no mercado global.
Na exposição Afro-Renaissance, os nove artistas participantes – Bolondo, Don Ruelas, Joselyna Pemba, Isabel Teixeira de Sousa, Emília Morais, Lino Damião, Thó Simões, Paulo Amaral e Rómulo Santa Rita – vão apresentar o seu trabalho. A Afrikanizm procura também estabelecer parcerias estratégicas com instituições, empresas e indivíduos, tornando-se não apenas numa plataforma local, mas num movimento global de mudança, integração, inclusão e estado natural de ser.
A Quinta da Fidalga, cuja fundação remonta ao século XV, acolherá a exposição. Este espaço é um dos exemplos mais antigos e bem preservados das quintas agrícolas e de recreio outrora existentes na região. Possui uma capela que foi integrada no palacete em meados do século XX, revestida de azulejos do século XVIII. A quinta faz parte da Oficina de Artes Manuel Cargaleiro e do Centro Internacional de Medalha Contemporânea.
A Afrikanizm Art foi fundada por João Boavida e Laura Leal, empresários com vasta experiência em projetos de integração de negócios entre os países africanos e o resto do mundo.
A programação inclui um brunch nos jardins da quinta, seguido de uma cerimónia de abertura com a presença de Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, e João Boavida, CEO da Afrikanizm. Haverá também uma performance musical ao vivo com a banda Catman & Mr. Bo Play the Blues e um show de culinária com o Chef Mauro Airosa.
