No mês de dezembro, uma ilustração do nigeriano Chidiebere Ibe, que representa um feto dentro do ventre, tornou-se viral por um pequeno detalhe técnico: o feto ser negro.
Pela primeira vez, foi possível ver numa ilustração um feto e uma grávida não caucasianos, padrão utilizado, por exemplo, nos livros de medicina e escolares, no mundo inteiro.
Agora, a imagem de Chidiebere Ibe, ilustrador, estudante de medicina e diretor criativo da Association of Future African Neurosurgeons, volta a ser notícia por vir a ser publicada na segunda edição de um manual projetado para mostrar como uma série de condições apresentam-se em pessoas de tez escura.
“Mind the Gap: Um manual clínico de sinais e sintomas na pele negra e marrom”, foi publicado pela primeira vez em 2020. O coautor Malone Mukwende, estudante de medicina em Londres, diz que “o trabalho de Chidiebere levanta o véu sobre os preconceitos que estão à vista na medicina mas dos quais podemos não estar cientes”, cita a CNN.
Ibe, que se formou em Química na Nigéria e agora estuda Medicina na Ucrânia, começou a criar ilustrações médicas em 2020. Até agora, já criou uma série de imagens anatómicas sobre várias condições patológicas, como o distúrbio de pele vitiligo, herpes labial e lesões na coluna, todas em pessoas negras.