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Emicida: “É importante que o AME se torne parte da cultura”

O rapper e produtor musical brasileiro Emicida defende que a Atlantic Music Expo (AME), que decorre na cidade da Praia e conta com a participação do músico angolano Condutor [dos Buraka Som sistema] é uma boa experiência, mas que deve chegar a toda a população e fazer parte da cultura cabo-verdiana.

“Isto não pode tornar-se uma bolha, onde o pessoal da música se encontra, conversa e depois cada um volta para os seus países dizendo que foi muito bom estar em Cabo Verde. É muito importante que isso se enraíze em Cabo Verde e se torne parte da cultura local. É importante que as pessoas de fora do universo da música possam participar”, defendeu o músico.

A AME é uma feira de música organizada desde 2013 pelo Ministério da Cultura cabo-verdiano e que durante três dias junta no centro histórico da cidade da Praia centenas de profissionais da música de dezenas de países para mostrarem os seus trabalhos e refletirem sobre o mercado da música.

Para o músico brasileiro, além da cidade da Praia, a feira deve ser mais aberta, mais abrangente e os resultados devem chegar às outras ilhas de Cabo Verde para que as pessoas se sintam convidadas a participar.

“A música talvez funcione como uma espécie de metáfora daquilo que acontece na vida das pessoas. O que eu fiz na música outra pessoa pode fazer vendendo comida, organizar-se, falar de gestão e do seu próprio negócio”, referiu.

Emicida, uma fusão das palavras MC e homicida, é o nome artístico de Leandro Roque de Oliveira, que nasceu há 30 anos em São Paulo, Brasil, e é um rapper e produtor musical considerado como uma das maiores revelações do ‘hip hop’ brasileiro nos últimos anos.

emicida
Emitida @FB

É mais conhecido pela sua capacidade de improvisação no ‘hip hop’, que levou os amigos a dizerem que era “assassino” porque “matava” os seus adversários com as suas rimas.

Emicida foi um dos oradores numa das conferências da AME, onde falou da sua experiência como rapper, mas principalmente como produtor musical da gravadora Laboratório Fantasma.

No painel denominado “Faça você mesmo”, outros profissionais de Cabo Verde, Colômbia e França mostraram também exemplos inspiradores e inovadores de iniciativas bem-sucedidas e eficientes para transformar grandes ideias em realidade e superar as expectativas.

Para Emicida, toda a gente tem capacidade e potencial para construir alguma coisa, faltando, porém, “destruir as barreiras que impedem as pessoas de colocar todo o potencial para fora”.

Entretanto, afirmou que, para que tivesse sucesso como rapper e como produtor musical, foi preciso ter uma base para fazer as coisas, aprender mais, estudar, ter acesso a mais informação.

“No primeiro momento a gente teve o acerto da música, a opção de ter uma estrutura, de seguir independente, tudo isso foi uma coisa inspiradora para nós e também para as outras pessoas, porque reconhecem que veem da mesma realidade, com as mesmas ideias”, explicou.

Fonte: Lusa

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