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Governo do Ruanda renuncia a salários de abril para combater COVID-19

Para situações extremas, medidas extremas. É o que o governo do Ruanda está a passar à sua população, numa verdadeira missão exemplo para outros nações e respetivos executivos.

O anúncio foi feito na noite de domingo, 5, pelo gabinete do primeiro ministro, Edouard Ngirente. O primeiro ministro, citado pelo jornal Le Monde, disse que “o governo do Ruanda decidiu, além de todas as iniciativas atuais de proteção social, que todos os membros do governo, diretores de gabinete, chefes de instituições públicas e outros altos funcionários renunciem ao salário de um mês”.

Tal como a maior parte dos países, o governo do Ruanda também se viu forçado a bloquear o movimento de todos aqueles que não oferecem serviços de primeira necessidade. Os mais afetados por estas medidas são os mais desfavorecidos, que já sentem um forte impacto pelo aumento do desemprego e dos preços dos produtos alimentícios. Assim, os ministros e altos funcionários do Ruanda não receberão o seu respetivo salário em abril, e o dinheiro será associado a programas sociais para apoiar a população mais afectada pelo impacto da crise económica ligada ao coronavírus.

Em março, o presidente do Ruanda, Paul Kagame, disse que o governo fará os possíveis para apoiar os ruandeses, principalmente aqueles que vivem em centros urbanos sem salário fixo e com fontes de subsistência precárias.

O governo já distribuiu produtos de necessidade básica a 20 mil pessoas, num país de 12 milhões de pessoas, das quais 40% vive abaixo do limiar da pobreza.

O executivo de Kagame ainda não revelou quem ou quantos dirigentes irão abdicar do seu salário e nem quanto se espera angariar com essa medida.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu um empréstimo de 110 milhões de dólares(101 milhões de euros) ao país para combater o problema económico que se pode agravar.

O Ruanda foi um dos primeiros países africanos a impor um confinamento estrito a 21 de março, fechando todas as lojas, excepto as essenciais, suspendendo o transporte público e proibindo todas as “viagens não essenciais”. Essas medidas foram estendidas pelo menos até 19 de abril.

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