Procurar
Close this search box.

Israel Campos autografa romance em Lisboa 

Israel Campos | DR
Israel Campos | DR

Israel Campos apresentou e autografou o seu primeiro romance oficial E o Céu Mudou de Cor, na livraria Leya, em Lisboa, nesta quarta-feira, 22.

A noite foi marcada pela música de Kizua Gourgel, nos intervalos da apresentação, na  presença de familiares, amigos, jornalistas, escritores e universitários.

Uma massa juvenil preencheu a sala com entusiasmo, questionamentos e curiosidades sobre a obra do promissor jornalista angolano, eleito em 2021 uma das 100 Personalidades Mais Influentes da Lusofonia, pela PowerList100 da BANTUMEN.

Para o evento, Israel Campos montou um plantel formado pela arquiteta Maria João Telles Grilo, o jornalista João de Almeida e o ativista Sedrick de Carvalho, uma das figuras do célebre caso “15+2”. 

Maria João, a primeira interveniente, começou a fala apontando as lacunas estruturais flagrantes na metrópole que é Luanda. Sem esgotos, sem uma lógica de construção das habitações privadas, sem museus, sem teatros, sem parques desportivos. “Uma cidade só se define pela parte pública, nunca pela parte privada”, , disse a arquiteta.. Assim, Luanda, terra onde se desenrola grande parte dos cenários do livro, é insistentemente chamada de “aglomerado” ou “vila grande”, mas nunca de cidade como tal. 

Depois, foi a vez de João de Almeida, que citou o icónico símbolo angolano trazido do Leste, “O Pensador”, como sinónimo de uma certa esperança, apenas por lhe ter sido entregue o direito a pensar. Para o jornalista, que define a obra como um “livro de angústias”, a palavra esperança, tem diferentes significados para diferentes contextos. E assim, a esperança que habita o consciente dos luandesses, às vezes não migra para tão distante do “quem dera haja luz quando voltar a casa”. 

Aos poucos, o evento e as falas dos intervenientes foram revelando a questão central que nos revela a narrativa do E o Céu Mudou de Cor: o futuro do futuro.

Sedrick de Carvalho indicou que Israel Campos trouxe bocados de si enquanto jornalista, e transformou o livro, não apenas num mero romance, mas num “registo de várias reportagens”. Nas palavras do autor, indiscutivelmente, o livro passa muito próximo dos 15+2, por foram sancionados por um regime por ler, pensar e sonhar. 

Na obra, Israel trouxe à vida personagens que desobedecem ordens superiores e são severamente sancionados pelo regime vigente. O autor conta que o “atrevimento” de escrever este livro foi na perspectiva de criar uma “plataforma de discussão” para “reivindicarmos o país que temos”, pois “cada geração tem a sua responsabilidade histórica” e a da sua geração passa por “forçar a reflexão” na tentativa de “humanizar o outro”. 

Israel Campos disse ainda aos leitores e demais presentes na sala que a sua pretensão não é a de ser “a voz da juventude” mas sim, ser “uma das vozes” que contribui para o futuro do futuro.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

Recomendações

Procurar
Close this search box.

OUTROS

Um espaço plural, onde experimentamos o  potencial da angolanidade.

Toda a actualidade sobre Comunicação, Publicidade, Empreendedorismo e o Impacto das marcas da Lusofonia.

MAIS POPULARES