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LaQuan Smith, o novo embaixador da Moet & Chandon

LaQuan Smith é a representação viva do que é o champanhe: borbulhante, luxuoso e, especialmente quando se trata das roupas femininas que cria, é sexy.

O estilista fez a sua estreia na Semana de Moda de Nova Iorque aos 21 anos, com uma coleção elegante e atrevida que intitulou “Deusa da Água”. Dez anos depois, a sua ascensão parece meteórica ao que costuma ser habitual no fashion business. De se infiltrar em eventos da indústria e distribuir leggings de cores e texturas excêntricas, Smith passou a costurar na sua cave na Jamaica, bairro de Queens em Nova Iorque, para vestir Beyonce, Serena Williams, Jennifer Lopez, Kim Kardashian e Rihanna.

Aos 31 anos, alguns veem o autodidata Smith como um pioneiro em impulsionar a cultura da moda, mas esse percurso este longe de ser fácil. Em entrevista à Associated Press uma recente que deve o seu sucesso à paixão pela moda e por permanecer fiel a si mesmo, confiando no seu instinto. “É a fazer o que amo, apenas fazendo coisas que me falam e me representam”, disse Smith; acrescentado: “Gosto de começar com um nível de autenticidade.”

Essa autenticidade estava em jogo na terça-feira, quando a Moet & Chandon nomeou Smith um dos embaixadores do “Néctar da Cultura”, junto com outros pioneiros da música, arte e muito mais, em comemoração ao Moet Nectar Imperial Rose.

É a mais recente de uma longa lista de colaborações, pois Smith continua a construir a sua marca homónima, cuja base é no Queens.
“Nova Iorque costumava ser a principal fonte de fabricação de roupas, e é algo que eu gostaria que pudesse voltar”, disse Smith. “Fabricar no Queens é apenas algo que aconteceu organicamente.”

Alguns dos pontos baixos da vida de Smith ocorreram no início da adolescência, depois da avó o ensinar a costurar quando tinha 13 anos. Depois de fazer um desfile de moda na escola secundária, o designer teve de se mudar com a família para Delaware, um lugar que não tinha fascínio. Foi então que foi diagnosticado com cancro ósseo, uma experiência verdadeiramente “humilhante”, disse . Smith recuperou e continuou a perseguir os seus sonhos de moda. Quando voltou para a Big Apple, como é apelidada Nova Iorque, foi rejeitado pelo Instituto de Tecnologia da Moda e pela Parsons School of Design. “Fiquei arrasado e perdido. Não sabia como tirar a minha cabeça do chão ”, disse.

“Gosto de ser apresentado como designer, não como designer afro-americano”

Foi quando recebeu um estágio na BlackBook, a revista de arte e cultura, trabalhando para a então diretora de moda Elizabeth Sulcer. Ela era procurada por festas e eventos do setor, e Smith fazia uso desses contatos, para aparecer, por vezes sem ser convidado, usando os seus próprios designs de leggings. Em 2010, o esforço valeu a pena quando viu Lady Gaga usar um par das suas criações enquanto folheava um tablóide num supermercado.
“A minha mãe disse: ‘Ok, isso é bom’. “Eu acho que ela não entendeu realmente o que aquilo significava.”

No mesmo ano, Smith apareceu pela primeira vez na semana de moda e o ex-editor da American Vogue, Andre Leon Talley, conversou com ele. Além disso, Rihanna chegou a usar um bodysuit criado pelo designer no vídeo “Rude Boy” e depois virou a atenção dos seus milhões fãs no Instagram para Smith, ao publicar um post com um vestido verde por cima de um biquini que usou no Brasil.

“Eu tinha 21 anos e tive uma quantidade incrível de apoio de especialistas do setor, e alguns anos depois isso foi como um acidente e uma queimadura, quando a realidade começou cair”, disse Smith. “Não tinha infraestrutura de negócios, não tinha dinheiro. Foi apenas popularidade. Demorou algum tempo para me conseguir focar, aprimorar, administrar e um negócio sólido. ”

Levou tempo e a ajuda da parceira de negócios Jacqueline Cooper, que permanece ao seu lado.

Como designer afro-americano, Smith é uma raridade na moda. “Diversidade e inclusão na indústria são um problema persistente”, disse. E falando de inclusão, “gosto de ser apresentado como designer, não como designer afro-americano. Isso não significa que tenho vergonha de quem sou. É que, quando se trata da minha profissão, por que a cor da pele é introduzida primeiro?”

Como empresa, LaQuan Smith é um homem de ação, fazendo amplo uso de modelos latinos, negros, asiáticos e curvilíneos para andar pelas passarelas. O seu negócio personalizado continua robusto e faz questão de ter o mesmo zelo inclusivo para a variedade de entidades que são os clientes particulares.

“O meu objetivo é, se queres te sentir sexy, se queres parecer fabuloso, se queres ser o centro das atenções, esse é o LaQuan Smith”, disse. “Isso é algo que eu quero continuar a abraçar”, exaltou à Associated Press.

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